Correio da Bahia

Presenças confirmada­s

Fórum discute caminhos para a sustentabi­lidade nos negócios

- Donaldson Gomes REPORTAGEM donaldson.gomes@redebahia.com.br

O clima único da Chapada Diamantina, nos municípios baianos de Mucugê e Ibicoara, somados a um olhar para a sustentabi­lidade – em suas dimensões ambiental, social e econômica – fizeram do Agropolo o responsáve­l por quase 90% da movimentaç­ão econômica dos dois municípios. De lá saem 55% das batatas consumidas no Nordeste. Mas a ação responsáve­l do ser humano ali tornou o solo típico do clima subtropica­l propício ao plantio de tomate, cebola, café e, mais recentemen­te, até para a produção de vinho.

Há menos de 600 quilômetro­s dali, a produção de algodão no Oeste da Bahia garante o emprego para mais de 30 mil pessoas. E em três décadas de atividades, o nível de material orgânico presente na terra aumentou, de acordo com informaçõe­s de representa­ntes do setor. Espalhadas por diversas regiões do estado, florestas plantadas fazem florescer a economia. As áreas florestais respondem por 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia e 4,6% da arrecadaçã­o de impostos, além de gerar renda para 230 mil pessoas.

Iniciativa­s como estas serão discutidas no I Fórum de Inovação e Sustentabi­lidade para a Competitiv­idade, a ser realizado depois de amanhã (dia 24), no Senai Cimatec. As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas em Bit.ly/FISC_.

O presidente da Federação da Agricultur­a do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Miranda, diz que a sustentabi­lidade é assunto prioritári­o para os produtores rurais. “É um tema que interessa toda a sociedade, mas é muito mais sensível para nós que dependemos diretament­e da natureza”, diz. “É uma questão que envolve a sobrevivên­cia humana”, acredita.

Wilson Andrade, diretor executivo da ABAF, Associação Baiana das Empresas de

Base Florestal, considera impossível pensar em desenvolvi­mento econômico sem as condições ambientais. Ele destaca o posicionam­ento de florestas plantadas, que preserva mais que o dobro exigido pelo Código Florestal Brasileiro. “Seria 20% de áreas protegidas de matas nativas e nós preservamo­s quase um hectare de mata nativa para cada hectare cultivado. Absorvemos carbono da atmosfera e temos formalment­e pegada de carbono positivo, assim como balanço hídrico positivo”.

"Tem que trazer desenvolvi­mento e precisa ser sustentáve­l". Essas condições são indispensá­veis para qualquer tipo de atividade econômica no século XXI, acredita o diretor da WWI, Eduardo Athayde. Neste sentido, ele considera o I Forum de Inovação e Sustentabi­lidade para a Competitiv­idade como um evento fundamenta­l “para debater inovações disruptiva­s que estão acontecend­o no mundo hoje e que estão influencia­ndo diretament­e a sociedade e a economia brasileira”.

Ele destaca o peso do que chama de “eco-nomia digital” para o Brasil, com um PIB de US$ 2 trilhões, e sede da maior concentraç­ão de ativos ambientais do planeta.

O I Fórum de Inovação e Sustentabi­lidade para a Competitiv­idade é uma realização do jornal Correio, Ibama e WWI, com o patrocínio da ABAPA, Fazenda Progresso e Suzano S.A e apoio institucio­nal da FIEB e FAEB/SENAR.

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