Correio da Bahia

Ponte que liga arte à sociedade

- VINICIUS HARFUSH, COM ORIENTAÇÃO DO EDITOR ROBERTO MIDLEJ

Para muito além dos palcos, o Festival Internacio­nal de Artes Cênicas (Fiac) cumpriu nos últimos 11 anos um papel de interferir culturalme­nte também no dia a dia da sociedade. E a 12ª edição, que começa hoje e vai até domingo, mantém essa tradição, como observa o diretor geral do projeto, Felipe de Assis: “A cada edição, a gente trabalha numa perspectiv­a de compreensã­o, de que o Festival é também um espaço de encontro e formação”.

Com uma temática voltada para a construção do futuro, a programaçã­o deste ano reúne 11 espetáculo­s de teatro, dança e circo e outras linguagens. Para Felipe, o ponto alto da programaçã­o é a relação criada com a plateia, artistas e palestrant­es: “A presença do público tem caráter participat­ivo. Faz esses encontros irem além da superficia­lidade porque queremos uma experiênci­a mais profunda e dedicada”.

Hoje, no Vila Velha, às 10h, o tema da acessibili­dade será discutido. Entre os palestrant­es do seminário Acessibili­dade e Mediação em Artes Cênicas, está Leo Castilho (SP), portador de deficiênci­a auditiva, que vai discursar em libras. Um intérprete irá traduzir o discurso para a linguagem oral, num caminho inverso ao que é de costume, quando a expressão oral ganha versão em libras.

Às 20h, no Vila Velha, a cerimônia oficial de abertura será seguida do espetáculo Kintsugi 100 Memórias, produzido pelo grupo Lume, de Campinas (SP), que traz a memória e suas consequênc­ias como principal tema.

As atividades formativas, coordenada­s por Rita Aquino, abrangem oficinas e residência­s. Elas também têm a diversidad­e como marca.

Para as crianças, um dos destaques é a oficina Sobe e Desce: Grandes Percursos para Pequenas Pessoas, que ensina parkur, uma técnica de saltos que ocupa espaços urbanos.

Entre as outras atrações, o diretor destaca a produção Formigas, que vem de Vitória da Conquista e propõe no palco pensar a condição humana a partir de uma sociedade de formiguinh­as e como elas se organizam. Será exibida quinta-feira, às 20h.

No mesmo dia, às 19h, tem Vamos Pra Costa?, interpreta­do por um grupo de dança de uma comunidade quilombola de Itacaré. Para Felipe, a montagem reforça o caráter histórico desses corpos e da dança, que se apresenta de forma menos folclórica segundo o diretor. DE HOJE A DOMINGO, EM DIVERSOS ESPAÇOS DA CIDADE. INGRESSOS VARIAM DE R$ 5 A R$ 30. VEJA A PROGRAMAÇíO COMPLETA NO SITE FIACBAHIA.COM.BR/

estará online.

Saladearte Cinema da Ufba Sala 1 (leg): 16h20 Saladearte Cinema do Museu Sala 1 (leg): 18h45

O Enigma da Rosa (12), de Josué Ramos, com Patricia Olmedo, Elisabet Gelabert e Pedro Casablanc. ESP | 2019. Suspense. Casal fica desamparad­o com o desapareci­mento de sua filha. Após dias sem notícias, uma carta misteriosa afirma que a garota foi capturada e propõe um encontro pessoal com os pais. Saladearte Cinemam Sala 1 (leg): 20h45

Desafio de um Campeão (14), de Leonardo D'Agostini, com Stefano Accorsi, Andrea Carpenzano e Massimo Popolizio. ITA | 2019. Drama. Jovem tem talento para o futebol mas um temperamen­to descontrol­ado. Aconselhad­o e procurar ajuda, conhece um tímido professor. Juntos, encontram forças para cada um superar seus problemas. Espaço Itaú Glauber Rocha Sala 4 (leg): 18h30, 20h30

Em Guerra (16), de Stéphane Brizé, com Vicent Lindon, Mélanie Rover e Jacques Borderie. FRA | 2018. Drama. Funcionári­o de uma fábrica decide liderar um grupo de trabalhado­res em busca dos seus direitos após perderem seus empregos.

Saladearte Cinema do Museu Sala 1 (leg): 20h45

Meu Nome é Daniel (12), de Daniel Gonçalves, com Daniel Gonçalves. BRA | 2019. Documentár­io. Registro em primeira pessoa conta história de jovem que nasceu com condição médica rara. Enquanto viaja pela infância e relação com familiares, busca entender e buscar novas respostas para sua doença. Espaço Itaú Glauber Rocha Sala 4: 13h20

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ARTHUR AMARAL/DIVULGAÇÃO Espetáculo Kintsugi, 100 Memórias, abre hoje o festival no Teatro Vila Velha às 20h
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ERICA DANIELA/DIVULGAÇÃO Peça Formigas será encenada na quinta, às 20h, no Teatro do GoetheInst­itut

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