Ponte que liga arte à sociedade
Para muito além dos palcos, o Festival Internacional de Artes Cênicas (Fiac) cumpriu nos últimos 11 anos um papel de interferir culturalmente também no dia a dia da sociedade. E a 12ª edição, que começa hoje e vai até domingo, mantém essa tradição, como observa o diretor geral do projeto, Felipe de Assis: “A cada edição, a gente trabalha numa perspectiva de compreensão, de que o Festival é também um espaço de encontro e formação”.
Com uma temática voltada para a construção do futuro, a programação deste ano reúne 11 espetáculos de teatro, dança e circo e outras linguagens. Para Felipe, o ponto alto da programação é a relação criada com a plateia, artistas e palestrantes: “A presença do público tem caráter participativo. Faz esses encontros irem além da superficialidade porque queremos uma experiência mais profunda e dedicada”.
Hoje, no Vila Velha, às 10h, o tema da acessibilidade será discutido. Entre os palestrantes do seminário Acessibilidade e Mediação em Artes Cênicas, está Leo Castilho (SP), portador de deficiência auditiva, que vai discursar em libras. Um intérprete irá traduzir o discurso para a linguagem oral, num caminho inverso ao que é de costume, quando a expressão oral ganha versão em libras.
Às 20h, no Vila Velha, a cerimônia oficial de abertura será seguida do espetáculo Kintsugi 100 Memórias, produzido pelo grupo Lume, de Campinas (SP), que traz a memória e suas consequências como principal tema.
As atividades formativas, coordenadas por Rita Aquino, abrangem oficinas e residências. Elas também têm a diversidade como marca.
Para as crianças, um dos destaques é a oficina Sobe e Desce: Grandes Percursos para Pequenas Pessoas, que ensina parkur, uma técnica de saltos que ocupa espaços urbanos.
Entre as outras atrações, o diretor destaca a produção Formigas, que vem de Vitória da Conquista e propõe no palco pensar a condição humana a partir de uma sociedade de formiguinhas e como elas se organizam. Será exibida quinta-feira, às 20h.
No mesmo dia, às 19h, tem Vamos Pra Costa?, interpretado por um grupo de dança de uma comunidade quilombola de Itacaré. Para Felipe, a montagem reforça o caráter histórico desses corpos e da dança, que se apresenta de forma menos folclórica segundo o diretor. DE HOJE A DOMINGO, EM DIVERSOS ESPAÇOS DA CIDADE. INGRESSOS VARIAM DE R$ 5 A R$ 30. VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA NO SITE FIACBAHIA.COM.BR/
estará online.
Saladearte Cinema da Ufba Sala 1 (leg): 16h20 Saladearte Cinema do Museu Sala 1 (leg): 18h45
O Enigma da Rosa (12), de Josué Ramos, com Patricia Olmedo, Elisabet Gelabert e Pedro Casablanc. ESP | 2019. Suspense. Casal fica desamparado com o desaparecimento de sua filha. Após dias sem notícias, uma carta misteriosa afirma que a garota foi capturada e propõe um encontro pessoal com os pais. Saladearte Cinemam Sala 1 (leg): 20h45
Desafio de um Campeão (14), de Leonardo D'Agostini, com Stefano Accorsi, Andrea Carpenzano e Massimo Popolizio. ITA | 2019. Drama. Jovem tem talento para o futebol mas um temperamento descontrolado. Aconselhado e procurar ajuda, conhece um tímido professor. Juntos, encontram forças para cada um superar seus problemas. Espaço Itaú Glauber Rocha Sala 4 (leg): 18h30, 20h30
Em Guerra (16), de Stéphane Brizé, com Vicent Lindon, Mélanie Rover e Jacques Borderie. FRA | 2018. Drama. Funcionário de uma fábrica decide liderar um grupo de trabalhadores em busca dos seus direitos após perderem seus empregos.
Saladearte Cinema do Museu Sala 1 (leg): 20h45
Meu Nome é Daniel (12), de Daniel Gonçalves, com Daniel Gonçalves. BRA | 2019. Documentário. Registro em primeira pessoa conta história de jovem que nasceu com condição médica rara. Enquanto viaja pela infância e relação com familiares, busca entender e buscar novas respostas para sua doença. Espaço Itaú Glauber Rocha Sala 4: 13h20