Governo fará monitoramento de longo prazo
Em um evento no Rio de Janeiro, ontem, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o governo fará um monitoramento de longo prazo dos impactos do derramamento de óleo na população que está tendo contato com a substância. A iniciativa será similar à de Brumadinho (MG), onde uma barragem de rejeitos se rompeu este ano.
“Nós vamos monitorar Brumadinho, provavelmente, de 10 a 20 anos e, provavelmente, nós vamos monitorar essas pessoas [que estão tendo contato com o petróleo cru] também de 10 a 20 anos. É uma geração inteira, nós vamos monitorar peixe, comida do mar, isso tudo é feito dentro do monitoramento de desastres ambientais que a gente faz dentro do âmbito do Ministério da Saúde”, disse ele, que não deu detalhes sobre como será a metodologia desse monitoramento.
Especialistas afirmam que o óleo pode desencadear doenças respiratórias e de pele, mas seria necessária exposição prolongada para levar a problemas mais graves. “Petróleos que possuem mais benzeno em sua composição podem, em casos mais graves, provocar alterações neurológicas e até leucemia”, diz o médico toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica da Universidade de São Paulo (USP).
A inalação dos gases liberados com a vaporização do petróleo pode levar a doenças respiratórias, como bronquite e asma. É recomendável se manter longe do mar e, em caso de contato, lavar com água e sabão.