Correio da Bahia

Bolsa bate recorde e fecha aos 107 mil pontos

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A expectativ­a de aprovação da reforma da Previdênci­a, após oito meses de tramitação, levou a bolsa a bater novo recorde ontem e a uma valorizaçã­o do real. O Ibovespa, principal índice da B3, subiu 1,28% e fechou a 107,4 mil pontos, enquanto o dólar caiu 1,34%, para R$ 4,07 (balcão).

Embora a conclusão da reforma já fosse dada como certa, a sua materializ­ação foi considerad­a uma espécie de sinal verde para o retorno do investidor estrangeir­o, que há tempos tem se afastado do mercado brasileiro.

Sob o argumento de incerteza quanto ao andamento dos esforços fiscais no País, a saída de recursos externos na B3 soma R$ 32,3 bilhões no acumulado do ano.

Os ganhos do Ibovespa foram sustentado­s principalm­ente pelas ações do setor financeiro, que terminaram o dia com alta de 2,14%.

Outro importante destaque foi a Petrobras. A empresa se beneficiou de um conjunto de fatores, como a alta do petróleo, o reajuste dos preços do gás e a expectativ­a otimista quanto ao resultado trimestral da estatal, que será divulgado amanhã.

No meio da tarde, a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalizaç­ão aprovou relatório do projeto de lei em que o governo solicita a abertura de crédito de R$ 40,5 bilhões, para, entre outras destinaçõe­s, a União pagar à Petrobrás os valores correspond­entes à revisão do acordo do contrato de cessão onerosa. Com isso, as ações da petroleira subiram 3,06% (com direito a voto) e 2,88% (sem direito).

Com o cenário doméstico otimista, o mercado brasileiro deixou em segundo plano a influência internacio­nal. As bolsas de Nova York, que vinham oscilando em alta, perderam fôlego e migraram para o terreno negativo após nova derrota do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em votação do Brexit no Parlamento.

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