Correio da Bahia

Rumo ao espaço EMPRESA PRIVADA LANÇA MISSÃO HOJE

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A cena volta a se repetir em Salvador. Pessoas no calçadão, praticando atividades físicas, passeando com animais de estimação e até mesmo caminhando em grupos, desrespeit­ando as orientaçõe­s de isolamento social. A “farra” dos passeios, no entanto, pode estar com os dias contados.

O prefeito ACM Neto, que já tinha levantado a possibilid­ade de interditar os calçadões da cidade, voltou a considerar fechar todo o trecho caso os soteropoli­tanos não mudem de postura. “Não gostaria de adotar uma medida de interdição da orla, como já fizemos com as praias. Mas, se não houver outro caminho, vamos fazer”, deu o recado.

O cenário visto no feriadão prolongado na cidade, por exemplo, serve como péssimo exemplo. “É lamentável, não estamos vivendo um dia normal em Salvador. Nenhum de nós queria esse feriado agora e, se tomamos essa decisão, é porque não havia outra possibilid­ade. Esse tipo de postura, de curtir, ir à praia, é ofensiva para a cidade”, desabafou o gestor ontem, enquanto inaugurava mais um hospital de campanha para pacientes com a covid-19.

Na manhã de ontem, a Barra estava cheia, mas não só lá. Ao longo de quase todos os calçadões da orla, o CORREIO flagrou pessoas aproveitan­do o dia de sol longe de casa. Pela tarde, de novo, os passeios tinham gente se exercitand­o e até tirando fotos nos pontos turísticos.

O polonês Ark Afkaa, 50 anos, que mora na Bahia há 14, encontrou um espaço isolado no Farol da Barra para fazer, durante 30 minutos, um exercício de alongament­o. “Me exercito sozinho e acho importante tomar sol para adquirir vitamina D, o que vai ajudar na minha saúde. Não deixo ninguém se aproximar de mim. Quando vem um grupo de pessoas juntas, sem máscara, se exercitand­o, isso é errado. Por isso, concordo com o prefeito em interditar, caso seja preciso tomar essa decisão”, afirmou.

Ao contrário do polonês, algumas pessoas faziam exercícios de galera, sem pensar na pandemia - alguns sem proteção no rosto. A maioria não quis falar com a reportagem. Esse não foi o

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