Fugidinha para o calçadão com os dias contados
Mais um hospital de campanha foi inaugurado, na manhã de ontem, em Salvador, pela prefeitura. A unidade vai atender pacientes com a covid-19 e fica no Hospital Sagrada Família, na rua Plínio de Lima, número 1º, em Monte Serrat, bem ao lado do Bonfim, bairro que deixou ontem a lista dos locais da capital com medidas restritivas mais duras de isolamento.
A unidade foi requisitada administrativamente pela prefeitura e será gerida pela Associação Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). A unidade começou a funcionar ontem com 38 leitos, sendo cinco de UTI e 33 de enfermaria clínica. Os primeiros pacientes chegaram às 14h. Até o dia 8 de junho, 75 leitos estarão funcionando, sendo 20 de UTI e 55 de enfermaria.
Além do Sagrada Família, Salvador tem outros quatro hospitais de campanha: o Wet'n Wild, na Paralela, o Itaigara Memorial, no Itaigara, o Fonte Nova, em Nazaré, e o Espanhol, na Barra. Além disso, foi inaugurado na semana passada o primeiro de seis ‘gripários’, na UPA dos
Barris, com 24 leitos para atender pessoas com sintomas leves da covid-19.
Para o prefeito ACM Neto, que participou da entrega da nova unidade junto com o vice-prefeito, Bruno Reis, e com o secretário municipal de Saúde, Leo Prates, mesmo com a criação de hospitais de campanha, foi percebido, pela demanda, que seria necessário ampliar ainda mais a quantidade de leitos.
"Quando entramos na pandemia, Salvador já tinha um Hospital Municipal, mas que já vinha com poucos leitos de UTI disponibilizados. Havia os hospitais filantrópicos também, mas ainda com grandes limites. Quando percebemos que a crise traria uma demanda ao sistema de saúde, decidimos implantar o hospital de campanha do Itaigara, do Wet - que agora funciona com 100% da sua capacidade - e estamos ampliando com 20 leitos clínicos e de UTI", enumerou.
Segundo o prefeito, o modelo desejado para o Hospital Sagrada Família era de contratualização, mas, diante da demanda, optou-se pela requisição administrativa.
"De qualquer modo, estamos comprometidos a ajudar a instituição. Quem sabe após a pandemia não tenhamos um novo hospital para contarmos