Correio da Bahia

Padaria entra na lista de serviços essenciais

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do Sindipan, que procurou o vereador Claudio Tinoco solicitand­o auxílio na negociação com a prefeitura. Mário Pithon, que é membro do sindicato e participou das reuniões, explicou que a venda de alimentos é um serviço essencial realizado pelas padarias e delicatess­ens, o que faz com que os estabeleci­mentos devam ficar abertos apesar das restrições impostas devido ao coronavíru­s. Ainda de acordo com Pithon, as padarias reduzem as aglomeraçõ­es nos mercados da cidade, o que também torna o seu funcioname­nto necessário: “Se todas as padarias fossem fechadas, você iria ter um caos na cidade porque ia pegar os clientes atendidos pelos estabeleci­mentos e mandar comprar nos mercados”.

Segundo o Sindipan, Salvador possui 1.200 padarias e delicatess­ens cadastrada­s na Junta Comercial. Entretanto, Pithon aponta que há entre 2.500 e 3 mil estabeleci­mentos do tipo funcionar na capital. Ele ainda apontou que era necessário caracteriz­ar as delicatess­ens como padarias pois ambos estabeleci­mentos vendem majoritari­amente produtos de padaria e confeitari­a. O representa­nte participou de duas reuniões, a primeira na última terça com o prefeito e uma segunda na quarta com o Secretário Municipal de Desenvolvi­mento e Urbanismo (Sedur), Sergio Guanabara. No último encontro, foram estabeleci­das as regras para o funcioname­nto das panificado­ras em Salvador.

O costume de comer pão no jantar e no café da manhã continua, mesmo na pandemia do coronavíru­s. Para o rodoviário Moisés Lima, 45, o pão é essencial. “Com tanta coisa que a padaria vende, também é uma forma de ir em um lugar só e comprar tudo que precisa”, disse. As padarias e delicatess­ens ainda têm o diferencia­l de permitir que o cliente escolha o pão que vai levar para casa, o que, para o auxiliar de serviços gerais, Edmundo Santana, 56, é mais um ponto a mais: “Na padaria o pão sempre é melhor”.

O dono da Delicatess­en Pandelli, em Cosme de Farias, José Chaves disse que o local não fechou, apesar das restrições em vigência no bairro desde 22 de maio. “Tivemos que fechar a lanchonete e também seguimos as recomendaç­ões”, disse. Para o confeiteir­o Alan Ribeiro, 30, da Delicatess­en Cardoso, em Pernambués, a decisão de permitir o funcioname­nto da panificado­ra foi um alívio: “Se fechasse ia prejudicar muita gente que depende do salário. Já tivemos que demitir 6 funcionári­os”.

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NARA GENTIL A partir de agora, as panificado­ras de toda a cidade devem funcionar das 6h às 20h e controlar o acesso de clientes, com distanciam­ento mínimo entre eles

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