Prevenção para não ficar a pé
A pandemia do novo coronavírus redefiniu a vida de muita gente. Ir ao trabalho ou fazer compras no supermercado e shopping passaram a ser atividades feitas em casa, com home office e delivery. E, em meio ao isolamento social, algo ficou esquecido por muita gente: o carro. Sem necessidade de uso como nos velhos tempos, muitos veículos estão ficando parados por várias semanas na garagem. Cuidado: eles podem dar uma série de problemas.
Foi o que aconteceu com o automóvel do motorista de aplicativo André Luís de Sousa, 45 anos. No grupo de risco da covid-19 - ele é diabético -, o profissional passou a se isolar em casa e deixou o carro estacionado por 27 dias. No primeiro uso após esse período, descobriu que a bateria tinha descarregado.
“Cheguei a conseguir ligar o veículo e sair. Voltei para casa, para pegar minha esposa. Parei na porta da garagem. Só que o carro tem o sistema start stop [que desliga o motor de forma automática quando o automóvel para e volta a ligar ao tirar o pé do freio ou pisar na embreagem]. Quando fui tentar sair de novo... parou. Não ligava mais. Tive que chamar um mecânico, que me disse que a bateria tinha apodrecido. Nunca passei tanto tempo sem dirigir, mas achei que o carro aguentaria esses 27 dias”, lembrou André Luís.
A mesma situação foi relatada pela advogada Beatriz Soares, 31 anos. “Eu fiquei totalmente isolada na quarentena porque moro com minha avó, que é grupo de risco. Quando precisei usar o carro, depois de aproximadamente um mês parado, não ligava de jeito nenhum, o painel todo desligado. Precisei acionar o seguro, o rapaz veio aqui e deu uma carga. Fiquei 15 minutos com ele ligado”, comentou.
Esse não foi o único problema no carro da advogada. Além da bateria, ela percebeu, ao calibrar os pneus, que um deles estava com 12 libras. “O normal seria 31. Não estava furado, nada. O pessoal do posto me mandou calibrar toda semana. Agora, também dou uma volta aqui no meu bairro, dia sim, dia não”.
Bateria e pneu não são os únicos componentes que podem sofrer com o armazenamento do carro durante longos períodos. E, em um momento em que não é possível prever quando a circulação de pessoas e veículos retornará ao ‘velho normal’, os cuidados devem ser redobrados.
Segundo Antônio Roque, gerente de pós-venda da Indiana Veículos, o ideal é ligar o veículo e dar uma voltinha com ele. Rode, no mínimo, uma vez por semana e por 20 minutos. Pode ser no próprio quarteirão, como Beatriz está fazendo. Isso vai evitar que a bateria descarregue.
“Movimente o automóvel, porque todas as peças do conjunto serão trabalhadas ao mesmo tempo. E atenção: se a bateria tem predisposição de descarregar, ela pode ficar completamente danificada se passar muito tempo desligada. Outra dica importante é não acionar o alarme se o veículo estiver em um lugar seguro. Esse tipo de acessório consome carga de bateria, mesmo que seja pouca”, explicou o profissional.
Tem o costume de ligar o carro, para ajudar a bateria,
Quatro crianças da mesma família e um adulto estão desaparecidos após a embarcação onde navegavam virar no rio Paraguaçu, anteontem, na altura do município de Cabaceiras do Paraguaçu. Ao todo, seis pessoas estavam a bordo na hora do acidente e apenas uma havia sido regatada até ontem, o pescador Paulo Roberto, que é avô de três das crianças e pai de outra vítima. Ele foi encontrado com vida.
As crianças desaparecidas têm idades entre 3 e 14 anos. O adulto é um amigo da família, de cerca de 50 anos, segundo relatos de familiares.
Uma equipe de mergulhadores do Corpo de Bombeiros saiu de Salvador e chegou ao local onde ocorreu o acidente para realizar as buscas. Uma familiar das crianças identificada apenas como Priscila disse, por volta das 12h, que os bombeiros não haviam chegado ao local para realizar o resgate. Já a instituição garante que mergulhadores do 13° Grupamento de Bombeiros Militar (13°GBM/Gmar) estão realizando as buscas desde a manhã de ontem.
Testemunhas no local dizem que o que pode estar causando a confusão é o fato dos bombeiros estarem seguindo a correnteza do rio buscando o local onde os corpos poderiam ser achados. Enquanto isso, familiares e populares estão reunidos no local onde o barco virou. Um morador local contou à reportagem do CORREIO que os populares tentaram ajudar os bombeiros e alguns chegaram a mergulhar no rio para fazer a busca em sentido oposto à correnteza.
"Os bombeiros demoraram de chegar e aí o pessoal decidiu agir por conta própria. Sabemos que é difícil encontrar, mas cada minuto que se perde só faz diminuir as chances de pelo menos saber o que aconteceu", disse um morador local, que preferiu não se identificar.
De acordo com os bombeiros, uma equipe de seis mergulhadores foi enviada para fazer as buscas, que acontecem tanto por baixo da água quanto na superfície, com a ajuda de Jet skies. Ainda de acordo com a corporação, também há suporte do 2º Grupamento de Bombeiros Militares, de Feira de Santana, responsável pela região.
Segundo Ivani dos Santos Silva, tia das vítimas, os três netos de Paulo - uma menina de 8 anos e dois meninos de 3 e 6 - estavam na casa da avó em Santo Estevão quando este chegou ao lado da filha Anathália, de 14 anos, e de um amigo. O grupo seguiu para uma pescaria no Rio Paraguaçu. Todos são moradores de Tapiaçu, distrito de Cabaceiras do Paraguaçu.
A pequena embarcação teria virado ainda na tarde de anteontem e, devido ao tempo passado desde o acidente, os familiares têm poucas esperanças de encontrá-los vivos. "O menino de três anos não sabe nadar, enquanto as outras, devido às circunstâncias, dificilmente conseguiriam
11/08 Emissoras de rádio e TV ficam proibidas de veicular programa apresentado ou comentado por pré-candidato
31/08 a 16/09 Realização das convenções partidárias para definição de coligações e escolha dos candidatos. As convenções poderão ser virtuais
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27/10 Divulgação de relatório pelos partidos, coligações e candidatos, discriminando os recursos recebidos pelo Fundo Partidário, Fundo Eleitoral e outras fontes, bem como os gastos realizados
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15/12 Prazo final para apresentar a prestação de contas eleitorais
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01/03/2021 Prazo final para partidos e coligações apresentarem ações na Justiça Eleitoral pedindo a apuração de irregularidades em gastos de campanha dos candidatos
A certeza é que as datas das votações em primeiro e segundo turno mudaram de 4 e 25 de outubro, para 15 e 29 de novembro, respectivamente. Mesmo com a alteração, os mandatos dos atuais prefeitos brasileiros não serão prorrogados, encerrando-se em 31 de dezembro. Além das datas de votação, os demais prazos do calendário eleitoral também foram adiados (confira no calendário ao lado).
A decisão oficializada ontem prevê ainda que a Câmara e o Senado poderão fixar novas datas em cidades com muitos casos da covid-19, atendendo a um pedido da Justiça Eleitoral. As eleições só não podem ultrapassar a data limite de 27 de dezembro para assegurar que não haja prorrogação de mandatos.
Pelo texto aprovado, prazos que já passaram não serão reabertos. Um exemplo disso é a data limite para regularização do título de eleitor, no dia 6 de maio, ou para algumas desincompatibilizações de candidaturas. Quem deixou de regularizar o título de eleitor, ou de fazer alguma alteração no documento relacionada ao local de votação, por exemplo, terá que aguardar o fim das eleições para regularizar a sua situação.
Os prazos de desincompatibilização se referem às datas em que possíveis candidatos devem se afastar de determinado cargo ou função que ocupem. A depender do cargo, os prazos variam. No caso de funcionário público comissionado, como assessores parlamentares, o afastamento do cargo deve ocorrer com três meses de antecedência da data da votação. Esse prazo, que se encerraria em julho, foi ampliado com o adiamento das eleições.
Por outro lado, prazos que já se encerraram antes da aprovação da proposta ficam mantidos.
Segundo o texto aprovado, até 16 de setembro, os partidos devem escolher os candidatos por meio das convenções e, até 26 de setembro, serão aceitos os registros dos candidatos. A Justiça Eleitoral vai aceitar convenções virtuais.
Excepcionalmente, prefeituras poderão realizar propagandas institucionais no segundo semestre, desde que relacionadas ao enfrentamento da pandemia.
O presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, disse na noite de quarta-feira que o adiamento das eleições demonstra a capacidade de “diálogo institucional” entre a Justiça Eleitoral e o Congresso. Barroso também disse no vídeo que o TSE vai atuar em parceria com a iniciativa privada para garantir toda a segurança possível – para os mesários e os eleitores – durante a votação, com o fornecimento de máscaras, de álcool em gel e até de luvas “onde necessário”, além de demarcação no chão. Outra possibilidade estudada é prolongar o horário da votação.
Apesar da aprovação da emenda constitucional alterando as datas das eleições e diversos prazos relacionados a ela, ainda faltam definições em relação a algumas dúvidas. A principal delas diz respeito aos eleitores que se sentirem inseguros a sair de casa para votar, porém ainda há outras questões sem uma definição pública, como o uso ou não da biometria em meio a uma crise sanitária.
O TSE afirmou que ainda não tem uma posição formada em relação à situação dos eleitores que não se sintam confortáveis a votar em meio à pandemia. Em regra, aqueles que são obrigados a votar e não comparecem devem justificar no prazo definido em lei. De acordo com a assessoria de comunicação do TSE, o tribunal estuda formas de permitir que o eleitor possa justificar o voto remotamente. Nas eleições de 2018, a opção de justificativa online já era possível.
Segundo a Justiça Eleitoral, “a ideia é aprimorar o sistema para permitir a justificativa em virtude da pandemia”.
O TSE informa ainda que está colhendo recomendações técnicas em relação ao uso da biometria para determinar o formato mais seguro para os eleitores e mesários.