Correio da Bahia

Acervo reúne peças que mostram trajetória negra no país

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Inaugurado em novembro de 2011, o Muncab tem em seu acervo peças de artistas como Yêdamaria (1932-2016), Mestre Didi (1917-2013), Agnaldo dos Santos (19261962) e Emanoel Araújo. Esse último, que é diretor do Museu Afro-Brasil, em São Paulo, foi também curador do acervo inicial do Muncab. Há ainda fotografia­s do baiano Adenor Gondim e quadros de Heitor dos Prazeres, entre outros artistas.

Fotografia­s, esculturas e peças que eram usadas para punir os escravizad­os também estão entre os itens que integram a exposição de longa duração do museu. Capinan, diretor do Muncab, ressalta a importânci­a história da instituiçã­o: “O Muncab está dividido em dois conceitos. Na primeira sala, estão a história da escravidão e da captura de escravos na África, a travessia do Atlântico, o trabalho rural, o trabalho da ama de leite... Na outra, ficam as obras de arte, os quadros, gravuras, pinturas, esculturas”.

Mas o acervo tende a crescer, uma vez que muitos artistas doam obras à intituição. Assim fizeram Emanoel Araújo, César Romero e Juarez Paraíso, entre outros. Há ainda a presença da arte sacra, representa­da por imagens de Santa Efigênia, Nossa Senhora e Santo Antonio de Categeró.

Além da exposição de longa duração, com o acervo do museu, há as exposições de curta duração, com acervo de terceiros. Antes de o Muncab ser fechado por causa da panemia, estava em cartaz a coletiva Carvão, com obras preparadas com esse material. A mostra Carranca trazia esculturas em forma dessas figuras, feitas também com carvão, pelo artista plástico contemporâ­neo Alex Moreira.

O Muncab também abriga exibição de filmes, apresentaç­ões musicais e oficinas de artes. O museu é ponto do Boca de Brasa da Fundação Gregório de Mattos e promoveu ali, no começo do ano, uma sessão gratuita do documentár­io Àkàrà - No Fogo da Intolerânc­ia, que integrava a programaçã­o do Cineclube Antônio Pitanga.Capinan destaca ainda as oficinas de artes gratuitas para crianças, chamada Os Erês, promovida pelas voluntária­s daquela instituiçã­o.

ESPECIAL A Fundação Gregório de Mattos (FGM) preparou uma programaçã­o especial para celebrar o 2 de Julho em seu canal no Youtube. Durante seis dias, a instituiçã­o vai exibir filmes, encontro de filarmônic­as, videoaulas e rodas de conversas sobre a data cívica. Também haverá jogos educativos temáticos para crianças e adolescent­es nos perfis da FGM no Instagram (@ fgmoficial) e Facebook (@ fgmcultura).Confira ao lado os destaques de hoje da programaçã­o.

Das 8h às 21h Exibição do filme Dois de Julho: Guerra da Independên­cia na Bahia, de Renato Barbieri

14h Estreia da série Mulheres da Independên­cia, sobre as heroínas Joana Angélica, Maria Quitéria, Maria Felipa, a Cabocla e as mulheres das Caretas do Mingau, entre outras

18h Cineclube Boca de Brasa com a roda de conversa sobre o filme 2 de Julho - Sonho de Liberdade, com o diretor Yuri Rosat, George Vladimir e alunos do Boca de Brasa

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