Trio com ‘cinema ambulante’ no Carnaval
SEMANA ACM Com a pandemia da covid-19 sem prazo para acabar, o Carnaval de Salvador em 2021 ainda é uma incógnita. O prefeito da capital baiana, ACM Neto, ainda não definiu a data da festa e o mais provável é que ela seja adiada para o segundo semestre do ano que vem.
Pensando nisso, gestores e produtores culturais buscam outros formatos, como a possibilidade de pulverizar o Carnaval pelos bairros e até colocar um trio elétrico para contar a história da folia em telas em LED, uma espécie de “cinema ambulante”.
As ideias inovadoras surgiram através do debate Do Carnaval aos Museus: Como Promover Cultura nos Centros Históricos e Arredores, realizado pelo Instituto ACM na manhã de ontem, pelo YouTube. O seminário virtual faz parte da Semana ACM de Ação, Cidadania e Memória, que tem apoio da Rede Bahia. Na quarta, o debate sugeriu o reconhecimento de Salvador como capital histórica pela União. O último painel, com o tema O Novo Planejamento para o Turismo nos Centros Históricos, será hoje, às 10h.
A proposta do ‘cinema ambulante’ veio do arquiteto e designer Gringo Cardia, curador da Casa do Carnaval. Ele sugere que o material exposto no museu, fechado devido à pandemia, seja mostrado nas ruas através de um trio elétrico, que transmitiria os vídeos por uma tela em LED. “A gente tem um material tão rico na Casa do Carnaval que poderia ser espalhado pelos bairros da cidade”, projetou Cardia.
O gestor cultural e presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, acredita que é preciso aceitar que o Carnaval não tem como ser na mesma configuração. “Quem sabe isso não vai abrir um pouco a gente parar de colocar o Carnaval como elemento principal da cidade. Tem um peso em cima do Carnaval ainda excessivo”, pontuou.
O webinar contou ainda com a participação da diretora de Economia e Inovação da Prefeitura de Lisboa, Branca Neves e do antropólogo e escritor Antônio Risério. A mediação do debate ficou com o ator, diretor e apresentador de TV Aldri Anunciação. REVEJA OS DEBATES EM WWW.CORREIO24HORAS.COM.BR.