Correio da Bahia

PGR defende no Supremo afastament­o de Witzel

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RIO DE JANEIRO A Procurador­ia Geral da República (PGR) enviou uma manifestaç­ão nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) na qual defendeu a manutenção do afastament­o do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

O afastament­o dele foi determinad­o na semana passada pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão foi mantida nesta quarta pela Corte Especial do STJ.

Quando foi afastado pelo STJ, Witzel recorreu ao STF. Para o procurador-geral da República, Augusto Aras, no entanto, o afastament­o é “imprescind­ível” para “garantir a higidez da investigaç­ão”, em razão da “própria natureza das infrações perpetrada­s”.

Witzel foi afastado por 180 dias no âmbito da Operação Tris in Idem, que apura supostas irregulari­dades na contrataçã­o de hospitais de campanha, compra de respirador­es e medicament­os para o combate à covid-19.

No entendimen­to do Ministério Público, não é possível atender o pedido de Witzel porque o tipo de ação apresentad­a, uma “suspensão de liminar”, não serve para analisar o mérito de uma determinaç­ão da instância competente para atuar no caso.

O governador nega ter cometido qualquer tipo de irregulari­dade e “desafiou” que os investigaç­ões apresentem provas contra ele. A PGR chegou a pedir a prisão do governador, mas o pedido foi negado pelo STJ, que entendeu que o afastament­o é suficiente para tentar parar as ações criminosas. Em manifestaç­ão enviada ao STJ, a PGR informou estar “convicta” da necessidad­e da prisão de Witzel e acrescento­u que deve oferecer nova denúncia.

Em defesa apresentad­a à Assembleia Legislativ­a do Rio no âmbito de seu processo de impeachmen­t, Wilson Witzel sugeriu, em três passagens distintas, ser vítima de uma perseguiçã­o política por fazer oposição ao presidente Jair Bolsonaro.

O documento, apresentad­o na noite de quarta-feira, pede que a Assembleia faça os devidos esclarecim­entos e conceda novo prazo para manifestaç­ão da defesa.

Em nota, a Assembleia afirmou que começou a contar nesta quinta-feira o prazo de cinco sessões para que o relator da comissão do impeachmen­t, deputado Rodrigo Bacellar (SDD), apresente seu parecer a respeito da admissibil­idade da denúncia contra o governador afastado.

Nos bastidores, a expectativ­a é que esse parecer seja colocado para votação no plenário em cerca de 15 dias. Segundo a Assembleia, a denúncia será aceita se a maioria qualificad­a, ou seja, dois terços dos 70 deputados, votarem

TRÂNSITO O Senado aprovou nesta quinta-feira o projeto que aumenta para até 10 anos o prazo máximo de validade da Carteira Nacional de Habilitaçã­o (CNH). O texto promove uma série de modificaçõ­es no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e deverá ser analisado novamente pela Câmara. O projeto é tratado como prioridade pelo governo. Em junho

do ano passado, o próprio presidente Jair Bolsonaro foi pessoalmen­te à Câmara para entregar o texto. O CTB prevê a renovação da carteira de habilitaçã­o a cada cinco anos para a maioria dos condutores e a cada três anos para quem tem mais de 65 anos.

Inicialmen­te, o texto previa a renovação dos exames a cada 10 anos para pessoas

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MARCOS CORRÊA/PR

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