OPERAÇÃO DA GUARDA MUNICIPAL NAS PRAIAS DE SALVADOR SEGUE NESTE FERIADO DA INDEPENDÊNCIA
maior do que nas semanas anteriores.
O CORREIO percorreu a orla da cidade ontem e percebeu aglomeração em diversos pontos - tanto na areia quanto no calçadão. Na Praia da Paciência, no Rio Vermelho, a Guarda Municipal dispersou um grupo que ‘batia um baba’ na areia.
Em Barra do Jacuípe, Camaçari, onde o acesso às praias está proibido, houve movimento de banhistas e uma mulher morreu afogada ontem, segundo o G1.
FLUXO CONSTANTE
Durante a pandemia, na Praia do Flamengo, a presença de banhistas não tem sido incomum. Na verdade, muitos soteropolitanos têm escolhido a praia como destino de final de semana, observa a vendedora Mariana Almeida, 39 anos, que vende acarajé há dez anos no local.
“Desde o começo da pandemia, o movimento é bom por aqui. Nunca parou, de fato. Não é um fluxo como o de hoje [ontem] que tá muito legal por causa do feriado. Mas, todo fim de semana o pessoal vem aproveitar. A fiscalização passa, todo mundo sai e depois retorna. Nós não paramos porque precisamos disso pra sobreviver. É esse fluxo que faz com que a gente tenha comida na mesa”, conta.
Para Maurício Lima, o fato de a Praia do Flamengo ter muitos locais de entrada e saída dificulta a fiscalização. Ela está entre as praias mais visitadas pelos banhistas em Salvador durante a pandemia, junto com Piatã, Preguiça e o Porto da Barra.
A reportagem do CORREIO conversou com os banhistas no local. Entre as justificativas, eles apontaram estabelecimentos já abertos que, na opinião deles, oferecem mais riscos. “Nós não estamos aglomerando com ninguém. Eu só vim com minha família, que mora comigo. Acho que não tem nenhum problema porque estamos tomando cuidado. A gente precisa de um alívio, precisa fazer alguma coisa”, argumentou a psicopedagoga Tharris Barros, 35.
A farmacêutica Michele Ferreira, 33, também disse que não se sentia em perigo. “Os bares, que são locais muito mais perigosos, já estão de volta. Pra mim, é muito incoerente abrir os bares. Por que lá pode e aqui não?”, questionou. Todos os entrevistados pelo CORREIO precisaram sair dos lugares quando a operação passou. Mesmo assim, muita gente voltou ao local após a saída dos fiscais.