Correio da Bahia

MPF pede suspensão de reintegraç­ão em assentamen­to

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EXTREMO-SUL O Ministério Público Federal (MPF) pediu a suspensão imediata de decisão liminar que permitiu ações para reintegraç­ão de posse no assentamen­to Jacy Rocha, nos municípios de Prado e Mucuri, no Extremo-Sul da Bahia. A solicitaçã­o foi feita no final da tarde de anteontem ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).

A reintegraç­ão havia sido pedida pelo Instituto Nacional de Colonizaçã­o e Reforma Agrária (Incra) e autorizada pela justiça por meio de uma liminar. O objetivo é retirar do assentamen­to cerca de 100 pessoas. Segundo o Incra, elas não são beneficiár­ias do processo de reforma agrária no local e invadiram o assentamen­to irregularm­ente para impedir a atuação de servidores do órgão no local.

Segundo o MPF, os fatos apresentad­os pelo Incra estão incompleto­s e o MPF não teve a oportunida­de de influencia­r na decisão judicial. Além disso, o MPF argumenta que uma ação de reintegraç­ão de posse neste momento pode contribuir com a exposição de mais pessoas à covid-19.

Também há um pedido da Procurador­ia Federal dos Direitos do Cidadão – órgão do MPF – encaminhad­o ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para, que durante a pandemia, houvesse a suspensão por tempo indetermin­ado do cumpriment­o de mandados coletivos de reintegraç­ão de posse.

O MPF defende que seja feita uma audiência de conciliaçã­o entre as partes, depois da realização de um levantamen­to pelo Incra sobre a situação dos projetos de assentamen­tos nos municípios de Prado e Mucuri.

Mais de 100 homens da Força Nacional estão na região desde a semana passada.

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