Procuradores da Lava Jato reagem contra punição de Deltan Dallagnol
RESPOSTA A GILMAR Integrantes da força-tarefa da Lava Jato no Paraná reagiram à decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, que liberou o julgamento de duas ações contra o procurador Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Os processos disciplinares devem ser avaliados amanhã, visto que ambos prescrevem na próxima quinta, 10. Além da manifestação dos procuradores, foram registrados protestos em diversas cidades do país, a favor das investigações.
Em vídeo, o futuro coordenador da Lava Jato Paraná, Alessandro Oliveira, sucessor de Deltan, que anunciou a saída da força-tarefa por motivos familiares, e os procuradores Roberson Pozzobon, Januário Paludo e Luciana Cardoso dizem que, se Deltan for punido, o caso significaria uma violação à liberdade de expressão de membros do Ministério Público.
As duas ações questionam a conduta de Deltan em relação à publicação nas redes sociais e supostas atitudes de promoção pessoal. O processo aberto pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) acusa o coordenador da Lava Jato de supostamente influenciar as eleições para a presidência do Senado no ano passado, quando Deltan fez publicações críticas a Calheiros, que disputava o cargo, nas redes sociais. A disputa foi vencida pelo atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O caso apresentado pela senadora Kátia Abreu (PP-TO), por sua vez, questiona o acordo firmado pela Lava Jato Paraná com a Petrobrás para destinar R$ 2,5 bilhões recuperados pela operação e que seriam geridos por uma fundação dos procuradores.
Segundo a Lava Jato, ao liberar o julgamento de Deltan, Gilmar Mendes não “enfrentou” os riscos que sua decisão representa “aos princípios do devido processo legal, de vedação da punição e da violação da liberdade de expressão”.
Carreatas lavajatistas, organizadas por movimentos anticorrupção em geral, se repetiram ao longo do dia em 25 cidades de 15 estados.
A manifestação ocorre no momento em que a continuidade e o tamanho da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba estão sob ameaça do procurador-geral da República, Augusto Aras.
Cariocas e turistas desrespeitaram as regras da prefeitura e ocuparam as areias das praias do Rio com barracas e cadeiras. Um decreto municipal liberou os ambulantes e o banho de mar na Fase 5, mas proibiu a permanência na areia. A Praia do Flamengo (foto) foi uma onde a recomendação foi descumprida. FOTO DE TANIA REGO/AGÊNCIA BRASIL