Segurança diz que não houve discussão antes de morte
CASO JOÃO ALBERTO Preso pela morte do cidadão negro João Alberto Silveira de Freitas, Giovane Gaspar da Silva, de 24 anos, em depoimento na sexta-feira, negou que tenha havido discussão antes das agressões no supermercado em Porto Alegre, segundo o G1. Disse ainda que sua intenção ao agredi-lo era imobilizar a vítima, que tinha dado um soco nele, e não matar.
O PM temporário contou que João Alberto se dirigiu sozinho ao estacionamento e o seguiu. Imagens de câmeras de segurança mostram Giovane e Magno Borges Braz, 30, acompanhando João. Ao chegar no estacionamento, a vítima deu um soco em Giovane. O segurança disse que agiu para conter e imobilizar João, que ficou “extremamente agressivo”, em seu relato. E negou que tivesse tido a intenção de matar.
Gaspar foi preso em flagrante, junto com Magno, também segurança do estabelecimento. Ambos ficaram em silêncio no primeiro depoimento. As informações dadas por Giovane no depoimento serão investigadas, ressalta a Polícia Civil.
Segundo a delegada titular do caso, Roberta Bertoldo, Giovane relatou que na noite do crime, foi avisado pelo rádio interno da loja que era “solicitada ajuda” no caixa 25 do estabelecimento. Ao chegar lá, encontrou João Alberto “olhando de uma forma um tanto braba pra uma das fiscais”. “Perguntou se estava tudo bem. A vítima respondeu que estava tranquilo e saiu”, cita Roberta. “Como não sabia o que tinha se passado, resolveu ir atrás”, relata.
Além de Giovane e Magno, está presa a agente de fiscalização do mercado, Adriana Alves Dutra, 51 anos, que acompanhou a ação dos seguranças. A Polícia Civil acredita que, como era responsável por orientar os seguranças da loja, ela podia ter agido para interromper as agressões.
Giovane relatou ainda que, em determinado momento, percebeu que João havia perdido os sentidos, e achou que ele tivesse desmaiado.