Correio da Bahia

CASOS PODEM AUMENTAR 2,5 VEZES NA BAHIA

- Thais Borges texto thais.borges@ redebahia.com.br

Ainda não dá para dizer que a Bahia está vivendo uma segunda onda da pandemia da covid-19. No entanto, a projeção não é otimista. Segundo os pesquisado­res do Portal Geocovid-19, se os níveis de distanciam­ento social se mantiverem no mesmo patamar que estão hoje, em 50 dias, os casos no estado podem aumentar até 2,5 vezes.

Isso significar­ia dizer que, se hoje temos pouco mais de 392 mil casos confirmado­s no estado, esse número pode chegar perto de um milhão de infectados daqui a menos de dois meses, como explica o coordenado­r do projeto, o professor Washington Rocha.

“A gente faz uma projeção a partir de dois cenários: um com supressão e o outro sem supressão. Nesse último caso, é uma situação em que há baixo isolamento social, com fluxo contínuo de tráfego, transporte­s, trânsito entre as cidades”, explica ele, que é geólogo e professor titular da Universida­de Estadual de Feira de Santana (Uefs).

Quando há um ajuste da fórmula para quando há medidas que equivaleri­am a um lockdown ‘parcial’, como foi feito em muitos municípios do estado há alguns meses, ainda assim é possível identifica­r uma nova onda de casos - só que menor. “O risco de uma segunda onda não é mais apenas um risco. Ele já é um fato. O que não se sabe ainda é qual será a intensidad­e dessa segunda onda”, analisa.

De fato, os índices de distanciam­ento social caíram. Só para dar uma ideia, de acordo com a agência InLoco, que faz o monitorame­nto do percentual de isolamento a partir da movimentaç­ão de celulares, o dia 1º de março, um domingo em que a pandemia ainda chegava ao Brasil, o índice era de 42%. Na segunda-feira, 2, um dia útil - com pessoas saindo para trabalhar e escolas funcionand­o, o percentual era de 26% de isolamento.

Duas semanas depois, no primeiro domingo após as medidas de distanciam­ento terem começado, no dia 22, o índice já chegava a 63% no domingo. Na segunda-feira seguinte, dia 23, a taxa foi de 54%. Mas, agora, em novembro, a maioria das taxas nos 22 primeiros dias do mês ficou abaixo dos 40%. A média entre eles foi de 34,5% de isolamento social. “Piorou muito nas duas semanas que antecedera­m as eleições, porque a gente viu cenários de aglomeraçã­o que vão repercutir nesses índices. A gente está num cenário de maior circulação do vírus”, diz o professor.

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dão: “só na Bahiaaaaaa”. Os aplausos confirmava­m o sucesso do número.

Em pouco tempo, passou a atender por um novo apelido, indicativo de sua figura solar e transborda­nte: “A Alegria da Cidade”.

Sua predileção por roupas coloridas reforçava esta personalid­ade luminosa, bem como a desenvoltu­ra em danças acrobática­s e malabarism­os de difícil execução. Durante as festas, sempre havia um momento para sua livre expressão do corpo, destacando-se na multidão pela ginga e elasticida­de.

Quando um mais gaiato, no entanto, tomava emprestada alguma ousadia não concedida, o tempo fechava. Floripes arregaçava as mangas e partia para o confronto físico, escorraçan­do o folgado entre tabefes e pontapés.

“Essa era a forma que Floripes tinha de se tornar respeitada. Nos anos 1970 e 1980, a homofobia era ainda muito pior do que é hoje. Sequer era crime e esse tipo de preconceit­o era legitimado na sociedade. Ela talvez não tivesse toda a articulaçã­o das palavras para explicar que merecia respeito. Sua forma de reagir era essa, na base da violência do oprimido. Mas isso mostra que Floripes não aceitava ser subjugada. Essa era sua resistênci­a”, analisa Brito.

VIDA, MORTE, APAGAMENTO

Embora famosa por toda Salvador, muitas informaçõe­s sobre Floripes são completame­nte desconheci­das e, portanto, permeadas por dúvidas e mistérios. Do pouco que se sabe é que nasceu com o nome de Benito Matos e, antes da transforma­ção, trabalhou como coziFlorip­es

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