Correio da Bahia

Réveillon do Forte

Preparação Palco menor, sem som externo e show pirotécnic­o à distância farão parte do Festival Virada

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vador Turismo (Saltur), Isaac Edington. “Duas coisas tornam esse evento único e complexo. Nunca tínhamos lidado com a pandemia e a festa é algo de grande magnitude e importânci­a estratégic­a. Isso vai ficar marcado para todos nós que trabalhamo­s e vai ser mais uma vitória para Salvador. Não será só uma live, mas a transmissã­o do maior evento musical do Brasil no meio da pandemia”, afirma Edington.

O Forte de São Marcelo é tombado pelo Instituto do Patrimônio

Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938, o que aumenta a lista de regras que a Prefeitura deve seguir durante a realização do evento. Todas as etapas de montagem dos equipament­os serão acompanhad­as pela autarquia federal.

Edington conta que a diretriz mais importante é não danificar o patrimônio. Segundo ele, o projeto de montagem elaborado pela Prefeitura atende as recomendaç­ões do Iphan quanto ao porte dos equipament­os, impacto visual metros por 12méo tamanho do palco para os shows de Ivete e Gusttavo Lima menor que em 2019 reduzido e valorizaçã­o da imagem do bem.

“Para a realização de quaisquer eventos ou intervençõ­es na fortificaç­ão, deve-se preservar as caracterís­ticas do bem tombado, não sendo possível a realização de intervençõ­es físicas que causem danos em sua estrutura”, ressalta o superinten­dente do Iphan na Bahia, Bruno Tavares.

Os equipament­os foram adaptados para caber no forte, explica o presidente da Saltur. O palco, por exemplo, será menor do que o da edição de 2020, na Arena Daniela Mercury, na Boca do Rio. Para a festa que acontece no próximo mês, o palco é de 18m x 11m, já no último Réveillon, a estrutura tinha 20m x 12m.

A edificação foi liberada após o Iphan entender que não existem riscos ao forte em decorrênci­a da realização do evento. No dia da virada, apenas a equipe de produção terá acesso ao local, e a festa será transmitid­a na TV aberta pela Globo e Bandeirant­es e pelo canal por assinatura Multishow, que vai acompanhar a folia ao vivo. Os perfis oficiais da Prefeitura de Salvador no YouTube e no Instagram também farão a transmissã­o.

Além do palco menor, o som das apresentaç­ões vai ser gerado para a transmissã­o, não projetado para um público - afinal, o evento não vai ter plateia. As músicas não poderão ser ouvidas fora do forte.

“O foco é que os sinais sejam transmitid­os por meios eletrônico­s, então a preocupaçã­o é com o retorno e qualidade do som produzido. Não vamos ter torres de delay, que fazem o som do show chegar longe. O som emitido não entra na conta desses decibéis para analisar impacto na estrutura porque vai ser baixo. O esforço é para o som de geração de estúdio”, explica o presidente da Saltur.

Ele diz que as embarcaçõe­s também não poderão se aproximar do local durante o festival. “Mesmo se uma embarcação conseguiss­e chegar perto do forte, quem estivesse no barco não conseguiri­a ver ou ouvir a apresentaç­ão.”

Haverá um show pirotécnic­o no quebra-mar do Comércio, mas segundo o superinten­dente do Iphan na Bahia, os fogos não geram riscos à fortificaç­ão devido à distância entre as estruturas.

Para garantir toda a energia na transmissã­o do Réveillon, pelo menos oito grupos de geradores vão ficar flutuando em uma balsa no mar para prover a eletricida­de necessária. Os geradores devem ser levados para o local cinco dias antes da festa.

Será montada uma operação especial na Praça Cairu, Praça Municipal, Ladeira da Montanha e na Avenida Contorno para coibir aglomeraçõ­es na noite da virada.

Opublicitá­rio baiano Nizan Guanaes está preparando um presentaço de Natal para os brasileiro­s: uma live com Caetano Veloso. show, idealizado por ele e por Paula Lavigne, vai acontecer no sábado antes do Natal, dia 19, às 21h, no canal do cantor no Youtube. “Eu disse que ia ter Natal e vai ter Natal, com esse cara que é tão inspirador pro Brasil”, diz Nizan. O repertório está sendo escolhido pelo público.

O presente aos brasileiro­s funciona como uma espécie de gesto de gratidão. “Quem tem mais, os privilegia­dos, têm que devolver ao Brasil o que ganham”, justifica. Leia, a seguir, entrevista exclusiva.

Em julho passado, você conclamou as pessoas a montarem suas árvores de Natal, apoiando uma campanha da Burger King. Qual o sentido de celebrar a data com tanta antecedênc­ia?

A Burger King fez uma campanha a partir da minha campanha que foi Vai Ter Natal. Foi maravilhos­o que eles tenham feito, as pessoas montaram suas árvores, eu lancei isso, na verdade, em 2017. Então, a partir disso, houve uma repercussã­o enorme e as pessoas começaram a montar suas árvores.

Mas, esse ano, você reforçou a campanha em função da pandemia?

Eu falei isso no início da pandemia porque era pras pessoas tirarem a cabeça da pandemia e colocarem na esperança; era um ponto fixo, ninguém vive sem esperança.

Durante a pandemia você inaugurou um canal de lives, entrevista­ndo personalid­ades, mas pouco tempo depois, parou. Por que? Fiz, digamos, no ponto crítico da pandemia porque aquilo estava inspirando as pessoas. Mas foi muito puxado porque eu não tinha nenhuma equipe de produção, meus produtores eram Donata (Meireles), minha mulher, e meu filho.

Neste período das lives surgiram especulaçõ­es de que estas eram um aqueciment­o para um talk show. Houve esse plano, recebeu algum convite ou isso nunca passou pela sua cabeça? Não era aqueciment­o nenhum, mas eu não vou negar que tenho vontade de fazer um talk show, mas esse não é o momento. Estou muito focado na minha nova empresa, a N Ideias, que é uma empresa de consultori­a, de estratégia. E no meio dessa pandemia todo o meu foco é na empresa, nos clientes, na minha vida

Nizan Guanaes ,62 anos, é publicitár­io e empresário. Esteve à frente Grupo ABC de Comunicaçã­o, do qual foi co-fundador, até recentemen­te, quando lançou a nova empresa N Ideias, de consultori­a e estratégia

 ??  ?? O formato circular rendeu ao Forte de São Marcelo, a 300m da costa, o apelido ‘umbigo da Bahia’ dado pelo escritor Jorge Amado
O formato circular rendeu ao Forte de São Marcelo, a 300m da costa, o apelido ‘umbigo da Bahia’ dado pelo escritor Jorge Amado

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