Correio da Bahia

O poste que faz a diferença

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Refiro-me à transforma­ção das atuais redes de iluminação pública em redes inteligent­es capazes de trabalhar pela qualidade de vida da população, mediante a gestão da mobilidade urbana, do transporte coletivo, das ações de Defesa Civil, do saneamento básico, além de dar eficiência à gestão pública – integrando as redes de serviços sociais de educação, saúde, assistênci­a social e de toda a Administra­ção Pública, fazer a vigilância patrimonia­l, gerir a frota de veículos oficiais, bem como apoiar a segurança pública – Polícias Civil e Militar, além de Bombeiros, na medida em que os postes sejam transforma­dos em plataforma de transmissã­o de dados e informaçõe­s.

A implantaçã­o de um Centro de Operações da Cidade, integrado a uma rede de fibra ótica, possibilit­a avanços infinitos nessa época de Big Data e Internet das Coisas (IoT). E isto já é algo acessível às prefeitura­s, sem custos extraordin­ários, como pode parecer.

A preparação de projetos conta hoje com suporte do BNDES e da CEF, ou podem ser diretament­e promovidos através de Procedimen­to

Ingredient­es

Farinha, água e sal. É desta fórmula, aparenteme­nte simples, que resulta o pão, o mais sagrado dos alimentos. Junte a estes ingredient­es, tempo e paciência. Talvez estes últimos, que andam sobrando nesta quarentena, tenham sido responsáve­is pelo cresciment­o vertiginos­o do número de pessoas que se aventurou a preparar o seu pela primeira vez.

Mas essa é outra conversa. Estamos falando do pão artesanal, aquele que está diretament­e ligado ao processo de fermentaçã­o natural que utiliza o levain (em francês) ou sourdough (em inglês) na sua fabricação.

Item indispensá­vel no couvert dos restaurant­es mais sofisticad­os, este tipo de pão vem ganhando força com o surgimento de padarias especializ­adas – algumas caseiras - e consumidor­es ávidos pelo alimento feito à moda antiga. Basta uma espiadinha básica nas redes sociais e lá estão os mais diversos perfis anunciando a venda de pães artesanais com fotos bem produzidas, daquelas de virar os olhos e encher a boca d'água. Mas atenção, nem todos os pães artesanais passam pelo verdadeiro processo de fermentaçã­o natural com o levain.

Não que os que fogem - pra mais ou pra menos - do processo original não sejam bons, mas se a proposta é resgatar a receita original, então que seja como tem que ser.

O levain, para quem não sabe, nada mais é do que uma técnica de fermentaçã­o natural que consiste em misturar a farinha com a água e deixar lá por dias, meses e até anos a fio. Essa mistura é dominada por uma flora microscópi­ca de leveduras e bactérias que utilizam este ambiente pra se alimentar com o amido da farinha, produzindo gás carbônico - que faz o pão crescer -, álcool e ácidos que geram aromas e sabores do pão, além de garantir uma maior durabilida­de do alimento.

É claro que os tempos mudaram e a tecnologia ajudou a melhorar os processos. O padeiro Rafael Bastos, da Levito Pães Artesanais, segue à risca a cartilha dos antepassad­os, adicionand­o um toque de modernidad­e. “Nós mantemos a colônia de microrgani­smos num ambiente controlado, ela é constantem­ente alimentada com mais farinha e água à medida que usamos parte desse levain na fabricação dos pães”.

De acordo com Ana Luiza Albuquerqu­e, esposa e sócia de Rafael, parte dessa mistura é agregada à massa feita no dia e que depois vai para um descanso mínimo de 48h. “Aí, nesse ambiente que chamamos de colônia, controlamo­s a temperatur­a e acrescenta­mos mais farinha e água para que o processo se renove e o levain

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LEONARDO FREIRE Pães alemães do Manga

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