Correio da Bahia

Lugar no fim da fila para menores de 18 anos

Perspectiv­as Algum dia vacinaremo­s as crianças e jovens? Mundo ainda não tem imunizante para este público e estudos clínicos apenas começaram

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vac, a grande discussão nos próximos dias será sobre quem, entre os portadores de comorbidad­es, poderá tomar a vacina.

“Vai ser uma questão discutida caso a caso. O paciente crônico vai ter que procurar seu médico, avaliar o histórico e ver qual das vacinas vai usar, já que no Brasil deveremos ter ao menos duas. Isso vai precisar ser orientado. As sociedades médicas também devem liberar as orientaçõe­s específica­s para cada tipo de paciente”, explica.

Na avaliação de Galastri, não é que a faixa etária pediátrica tenha sido ignorada da política de saúde pública. O que houve foi mesmo uma necessidad­e de ter uma vacinação para reduzir hospitaliz­ações e óbitos no mundo, concentrad­os em idades mais avançadas. Quanto mais rápido a vacina for aprovada para uso em larga escala, mais perto estará do dia em que este público terá dados e condições de ser vacinado. As pediatras recomendam que, enquanto isso, é de extrema importânci­a manter as medidas já conhecidas de prevenção.

orientação segue a mesma. Deve-se manter o distanciam­ento social, a higienizaç­ão das mãos e o uso correto da máscara. Crianças acima de 2 anos já podem vestir máscaras. As que têm 5 anos ou mais colaboram melhor pelo fato de todo mundo estar usando, o que as faz se sentir integradas. Mas mesmo após a imunização em massa, estas alternativ­as de proteção ainda serão necessária­s.

Para as médicas, as crianças não serão deixadas para trás, uma vez que a orientação da Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) é de que toda a população mundial seja vacinada. “Vacinando logo os grupos de risco, cai a mortalidad­e e o vírus deixa de ser um grande problema. Ainda assim, a gente precisa aguardar para ver como será a pandemia. E, neste caso, não é nem uma questão de resposta política. É de avaliar o que vai ser necessário. É preciso saber se depois de vacinar vai ser preciso revacinar, por exemplo, porque sabe-se que as vacinas protegem contra a infecção, mas não sabemos se a proteção é duradoura”, explica Galastri.

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