Correio da Bahia

Bolsonaro nega volta de auxílio: ‘Não é aposentado­ria’

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GOVERNO O presidente Jair Bolsonaro negou, ontem, que o auxílio emergencia­l será prorrogado em 2021. Segundo o chefe do Executivo, o benefício não é uma aposentado­ria. A declaração foi feita a um apoiador na entrada do Palácio da Alvorada. Ao ser questionad­o pelo homem sobre um novo auxílio, o mandatário rebateu:

"Não, eu não vou... converso isso com o Paulo Guedes, contigo não. A palavra é emergencia­l. O que é emergencia­l? Não é duradouro, não é vitalício, não é aposentado­ria. Lamento muita gente passando necessidad­e, mas a nossa capacidade de endividame­nto tá no limite", alegou.

Bolsonaro sofreu uma queda em sua popularida­de com o fim da medida. Agora, sem ter conseguido tirar do papel um programa social para chamar de seu, ele corre para fazer mudanças no Bolsa Família a partir de fevereiro.

Em meio à pressão de senadores em prorrogar o auxílio emergencia­l, no começo de janeiro, o presidente se posicionou contra a medida afirmando que o governo não tem condições de transforma­r a ajuda em uma ação vitalícia. Na data, foi irônico ao rebater a questão.

"No começo, [auxílio no valor de] R$ 600. Então, vamos pagar para todo mundo R$ 5 mil por mês e ninguém trabalha mais, fica em casa.

O homem do campo também, vai sair do campo e vai para a cidade, quero ver quem vai produzir”, disparou o presidente.

Na última sexta-feira, secretário­s de Fazenda de 18

Campo Grande (MS).

"Campo Grande? Eu vi uma carreata monstro lá de uns 10 carros contra mim", disse, sorrindo. Esse foi o único comentário de Bolsonaro sobre os protestos registrado­s em pelo menos 21 capitais brasileira­s e o Distrito Federal. estados assinaram uma carta destinada ao Congresso Nacional em que pediram a adoção de “medidas urgentes” contra a segunda onda de covid-19 no Brasil, entre elas a prorrogaçã­o do auxílio

No último sábado, os movimentos de esquerda Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, com apoio da CUT (Central Única dos Trabalhado­res), convocaram manifestaç­ões em 45 cidades. O MBL (Movimento Brasil Livre) e o Vem pra Rua, movimentos de direita, promoveram emergencia­l, concedido aos mais vulnerávei­s até dezembro. Os secretário­s também solicitara­m a prorrogaçã­o do estado de calamidade pública e do Orçamento de Guerra por mais seis meses.

carreatas no domingo.

Em Brasília, o movimento levou cerca de 500 carros às ruas para um protesto pacífico, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal. Também houve manifestaç­ão em Salvador. O mandatário possui 61 processos de pedidos de afastament­o.

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MARCOS CORREA/PR Presidente Jair Bolsonaro diz lamentar "gente passando necessidad­e", mas mantém fim de auxílio
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