Correio da Bahia

Anvisa: só é possível liberar Sputnik V com aval

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) defendeu, em documento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que não é possível liberar o uso da vacina Sputnik V sem o aval de técnicos do órgão – como pede o governo da Bahia. No entendimen­to da agência, a liberação das doses com base apenas em análises de outros países ou órgãos internacio­nais representa­ria a perda da soberania nacional e um risco a direitos da saúde e à vida dos brasileiro­s.

O posicionam­ento foi enviado ao STF na última sexta-feira (22), segundo a Anvisa,

em resposta a uma determinaç­ão do ministro Ricardo Lewandowsk­i – relator da ação que pede a liberação do imunizante russo. O documento foi inserido no sistema do STF nesta segunda (25).

O governo da Bahia pede que o Supremo autorize a importação e a distribuiç­ão das vacinas que já tenham o aval de autoridade­s sanitárias estrangeir­as e a certificaç­ão da Organizaçã­o Panamerica­na de Saúde (Opas).

A Sputnik V já foi aprovada para uso emergencia­l em países como Argentina, Bolívia, Venezuela e Paraguai.

No Brasil, a farmacêuti­ca União Química, que pretende produzir o imunizante russo para atender a demanda interna e outros países da América Latina, entrou com pedido para uso emergencia­l de 10 milhões de doses do produto, que viriam direto da Rússia.

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