‘A vacina é a ferramenta mais eficaz’, diz infectologista
TIRA-DÚVIDAS “Sou favorável à ciência”, disse ontem o infectologista Edmilson Migowski, entrevistado no programa Saúde e Bem-Estar, do CORREIO, apresentado pelo jornalista Jorge Gauthier no Instagram. Diante das polêmicas e da desinformação sobre o processo de vacinação contra o coronavírus, o infectologista tirou algumas dúvidas sobre a imunização.
De acordo com Migowski, a produção de uma vacina eficaz contra o coronavírus foi feita de forma rápida, mas com vasto conhecimento prévio. O pesquisador e professor da UFRJ relembra os estudos de outras doenças e até mesmo dos outros tipos de covid para reafirmar a segurança das vacinas.
Ele ainda desmente boatos sobre as vacinas causarem qualquer tipo de mutação nos pacientes. “É extremamente improvável que uma vacina provoque algum tipo de mutação”, garante Migowski. Ele relembra que todas as vacinas em desenvolvimento são inativadas - ou seja, contém apenas agentes mortos, alterados, ou partículas deles - não promovendo nenhum risco para a população.
Outra discussão recorrente é sobre a resposta do corpo. O infectologista explica que os protocolos de vacinação devem ser seguidos. Ou seja, se as vacinas requerem uma segunda dose, isso precisa ser feito para garantir sua eficácia. A resposta imune só poderá ser percebida a partir da segunda dose. O médico acredita que “podemos ter que usar máscara até 2022”. Para ele, “a vacina é a ferramenta mais segura e eficaz”.
Migowski ainda comentou sobre a situação da vacina russa Sputnik V, que ainda não recebeu o aval da Anvisa para poder ser usada no Brasil. Ele explica que a agência tem seus protocolos de segurança que priorizam a saúde da população. O médico ainda explica que a Sputnik encontra maiores dificuldades por não haver testes no país para poder pedir uma licença emergencial. Ele levanta a possibilidade de uma possível negociação mediante a entrega dos resultados da vacina nos países vizinhos, como a Argentina.