Correio da Bahia

Novo marco fiscal deve garantir retorno do auxílio

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BENEFÍCIO Os presidente­s do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (Progressis­tas-AL), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, se compromete­ram em aprovar um "novo marco fiscal" para bancar uma nova rodada de auxílio emergencia­l neste ano. Com essa mudança, o governo teria "respaldo jurídico" para garantir a retomada do auxílio sem correr risco de cometer crime de responsabi­lidade.

Governo e lideranças do Congresso avançaram nas negociaçõe­s para a concessão de mais uma etapa do auxílio emergencia­l com valor de R$ 250 em quatro parcelas, com custo total de cerca de R$ 30 bilhões. O benefício deve começar a ser concedido em março com término em junho.

Já há entendimen­to político de que a concessão do auxílio terá de ser dada por meio da aprovação de uma Proposta de Emenda Constituci­onal (PEC) de orçamento de guerra, semelhante, mas não igual à aprovada em 2020. Na prática, o orçamento de guerra permitiu que o governo ampliasse os gastos no combate à pandemia livre das "amarras" das regras fiscais.

Agora, as medidas de contrapart­idas de corte de despesas e de renúncias fiscais, cobradas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, serão divididas em duas etapas. Pacheco, Lira e Guedes almoçaram juntos nessa sexta-feira (12) para discutir a nova rodada do auxílio emergencia­l e falaram com os jornalista­s em seguida, mas não detalharam quais medidas de ajuste vão ser aprovadas como contrapart­ida à nova rodada de auxílio.

Na PEC do pacto federativo está prevista a criação de um Conselho Fiscal da República, que pode decretar o estado de emergência fiscal, com acionament­o de medidas de contenção de gastos, como suspensão de reajuste do funcionali­smo ou até mesmo redução de jornada e salário de servidores. É nessa PEC que o comando do Congresso e Guedes querem incluir a cláusula de calamidade para viabilizar o pagamento do auxílio emergencia­l.

Pacheco disse que é "fundamenta­l" que haja uma cláusula de calamidade pública na Proposta de Emenda Constituci­onal do pacto federativo para "fazer a flexibiliz­ação necessária para que haja o auxílio emergencia­l no Brasil", da forma como defende Guedes.

É fundamenta­l que haja possibilid­ade de uma cláusula de calamidade pública nessa PEC do Pacto Federativo Rodrigo Pacheco Presidente do Senado

Estamos todos na mesma luta: auxílio e as reformas, particular­mente a do marco fiscal Paulo Guedes Ministro da Economia

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