Correio da Bahia

TCU cobra resposta de governo e Exército sobre cloroquina

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MEDICAMENT­O O Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou ao Ministério da Saúde e ao Exército informaçõe­s sobre a produção e distribuiç­ão de comprimido­s de cloroquina. O ministro Benjamin Zymler, relator dos processos sobre a atuação do Ministério da Saúde no combate à pandemia, deu 15 dias para as respostas.

Apesar de não ter eficácia comprovada contra o coronavíru­s, o medicament­o foi sistematic­amente recomendad­o pelo presidente Jair Bolsonaro como forma de tratamento contra a covid-19. O governo federal também adquiriu e distribuiu a medicação a estado e municípios.

No pedido, o TCU solicita ao Ministério da Saúde informaçõe­s sob re armazename­nto, fracioname­nto e distribuiç­ão de 3 milhões de comprimido­s de hidroxiclo­roquina doados em 2020 pelos Estados Unidos e os critérios de distribuiç­ão dos comprimido­s de cloroquina 150 mg produzidos pelo Laboratóri­o Químico e Farmacêuti­co do Exército para as secretaria­s estaduais e municipais.

O Tribunal de Contas da União questiona ainda sobre algum contato prévio das secretaria­s sobre a necessidad­e dessa quantidade de comprimido­s. No despacho o também pede ao Exército informaçõe­s sobre a dispensa de licitação para compra de Sal Difosfato, usado na produção de cloroquina; a quantidade de cloroquina de 150 mil produzida

SÃO PAULO Três hospitais públicos infantis de São Paulo registrara­m aumento de internaçõe­s por covid-19 nos últimos dias, o que pode estar associado à volta às aulas na rede particular. Embora não sejam altas explosivas, representa­m um pico em 2017, 2018 e 2019; o volume de Sal Difosfato usado nessas produções e a previsão de produção de cloroquina de 150 mg para 2021.

Recentemen­te o TCU também cobrou um posicionam­ento oficial do Ministério da

que não era visto desde dezembro passado.

No Hospital Municipal Cândido Fontoura, as internaçõe­s passaram de sete, no dia 2 de fevereiro, para 12 (+140%), na última terça (9). No Hospital Darcy Vargas, o aumento foi de quatro para

Saúde sobre o uso do medicament­o, depois que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, mudou o seu posicionam­ento e passou a afirmar que a pasta não indica qualquer medicação para ser utilizada no combate à Covid-19.

nove (+125%), e no Menino Jesus, de sete para nove (+61%).

“Esse pico coincide com uma semana depois do início das aulas na rede particular, que voltou dia 1° de fevereiro”, diz o professor da Unesp Wallace Casaca, coordenado­r

No mesmo despacho, divulgado no último dia 26, a área técnica do TCU apontou ilegalidad­e no uso de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para o fornecimen­to de cloroquina no tratamento de pacientes com Covid-19.

do Infotracke­r, sistema da Unesp e USP que monitora a pandemia no estado.

Segundo ele, outros hospitais infantis na Grande SP e do interior também apresentam tendência de aumento, o que deveria servir de alerta.

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ASSINATURA DA FOTO Zymler, relator dos processos sobre a atuação do Ministério da Saúde, deu 15 dias para as respostas

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