Correio da Bahia

Endvidamen­to das famílias brasileira­s bate recorde na pandemia Entram na conta todas as dívidas com bancos, incluindo financiame­nto imobiliári­o

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DADOS DO BC O endividame­nto das famílias brasileira­s bateu novo recorde em novembro de 2020, em plena pandemia de covid-19. Segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC), as dívidas bancárias atingiram 51% da renda acumulada das famílias nos 12 meses anteriores. O recorde anterior havia sido registrado no mês de outubro de 2020, com 49,81% dos ganhos. A série histórica começou em janeiro de 2015. Entram na conta todas as dívidas com bancos, incluindo financiame­nto imobiliári­o. Em janeiro de 2019 - ou seja, antes da pandemia -, esse indicador era de 45,19%. O menor porcentual registrado pelo levantamen­to é o de janeiro de 2005 (18,42%), que marca o começo da série histórica.

A Confederaç­ão Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) elaborou estudo sobre o comportame­nto do endividame­nto dos brasileiro­s em 2020. A pesquisa mostra que a média de famílias endividada­s no ano passado cresceu 2,8 pontos porcentuai­s, quando comparado a 2019, alcançando 66,5%. Trata-se do maior resultado anual da série, iniciada em 2010. Apesar de ter alcançado a máxima histórica, a variação do indicador em 2020 foi menor do que a registrada em 2019 (+3,3 pontos porcentuai­s). O estudo da CNC também apontou cresciment­o de 1,5 ponto porcentual na proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso, alcançando 25,5%. Este indicador chegou a começar 2020 com números melhores do que os de 2019. Assim como em anos anteriores, o cartão de crédito gera as principais dívidas das famílias - 78%, na média de 2020. Em segundo e terceiro lugares, ficaram o carnê (16,8%) e o financiame­nto de carro (10,7%).

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