Correio da Bahia

Bolsonaro: ‘O certo seria tirar jornais de circulação’

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GOVERNO O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou, ontem, a reclamar da restrição imposta pelo Facebook para que ele recebesse de apoiadores imagens sobre os impostos cobrados em combustíve­is e disse que seria "certo" tirar de circulação os jornais. Segundo o presidente, a Advocacia-Geral da União (AGU) foi acionada para que investigue o bloqueio imposto pela plataforma, que proibiu a publicação de imagens em páginas de conteúdo político.

"O certo é tirar de circulação Globo, Folha de S. Paulo, Estadão, Antagonist­a. São fábricas de fake news. Agora deixa o povo se libertar, ter liberdade. Logicament­e, se alguém extrapolar alguma coisa, tem a Justiça para recorrer. Agora o Facebook vir bloquear a mim (sic) e a população. É inacreditá­vel que isso impere no Brasil. E não há reação da própria mídia", afirmou Bolsonaro, no litoral catarinens­e, onde ele passa o período de Carnaval.

Apesar da declaração, Bolsonaro disse que não tomaria providênci­as para a censura aos jornais por ser "um democrata".

Sob pressão de setores de transporte e caminhonei­ros pelo preço dos combustíve­is, no último dia 11, o presidente pediu a apoiadores para que abasteçam os veículos em postos de combustíve­is e enviem foto de notas fiscais com os valores pagos.

Segundo o presidente, o intuito é encontrar indícios de bitributaç­ão e esclarecer as alíquotas pagas em impostos federais e estaduais. O presidente afirma que sofreu bloqueio do Facebook para se comunicar, receber imagens e utilizar a rede social.

Jair Bolsonaro disse ainda que estuda criar um imposto para donos de redes sociais. "O governo federal também, junto com o Parlamento, criar uma legislação, taxar mais ainda esse pessoal que paga muito pouco de imposto para operar dentro do Brasil", afirmou o presidente da República.

"Aos críticos: fiquem tranquilos, vocês estão sempre preocupado­s com alguma coisa. Os combustíve­is

BENEFÍCIO Depois do “consenso” fechado entre os presidente­s da Câmara, do Senado, e ministros, o governo tentará aprovar a proposta que viabilizar­á o pagamento da nova rodada do auxílio emergencia­l em três semanas. Esse é o prazo com que a equipe econômica trabalha para a aprovação do que o ministro da Economia, Paulo Guedes, chama de “novo

marco fiscal”, que seria composto pela inclusão, na Proposta de Emenda Constituci­onal (PEC) do pacto federativo, de uma cláusula de calamidade pública (uma espécie de PEC de Orçamento de Guerra, semelhante à aprovada no ano passado).

Isso permitirá retirar os gastos do auxílio emergencia­l de regras fiscais, como o teto de despesas, mas criaria continuam aí com uma nuvem muito carregada no horizonte mas vamos resolver esse problema", afirmou o presidente em transmissã­o feita nas redes do filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

O presidente Jair Bolsonaro está em viagem a São Francisco do Sul, em Santa Catarina, com sua filha Laura, os deputados federais Coronel Armando (PSL-SC), Helio Lopes (PSL-RJ) e seu filho 03, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), e o secretário nacional da Pesca, Jorge Seif Júnior. A filha de Eduardo Bolsonaro, Geórgia, e a psicóloga Heloísa Wolf, mulher do deputado, também foram para o litoral catarinens­e.

condiciona­ntes, como medidas automática­s de contenção de gastos. O alcance das medidas ainda está em discussão entre o Ministério da Economia e a área política devido à urgência para a aprovação da “PEC da guerra”. Medidas mais duras poderão ficar para uma segunda PEC fiscal, para ser votada até o fim de julho.

Na última sexta-feira,

Agora o Facebook vir bloquear a mim (sic) e a população. É inacreditá­vel que isso impere no Brasil. E não há reação da própria mídiaJair Bolsonaro Presidente da República

após a reunião com Guedes que selou o acordo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que apresentar­ia ao colégio de líderes uma proposta do texto, que, para o governo, deverá ser aprovado pelo Congresso Nacional até o início de março. Com isso, a expectativ­a é que a primeira parcela do novo auxílio seja paga ainda no próximo mês.

Não houve [aproximaçã­o com o Centrão. O presidente verificou a necessidad­e de fazer uma composição Luiz Eduardo Ramos

Ministro da Secretaria de Governo

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DIETER GROSS/ISHOOT/ESTADÃO CONTEÚDO Sem máscara, presidente voltou a provocar aglomeraçõ­es no litoral catarinens­e
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BETTO JR./ARQUIVO CORREIO*

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