Caso da Petrobras não mudará agenda de reformas, diz senador
TROCA DE COMANDO A votação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) do Pacto Federativo está mantida para a próxima quinta-feira (25), mesmo após a crise gerada pelo anúncio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de trocar o comando da Petrobras. A afirmação é do recém-eleito presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
A declaração de Bolsonaro sobre troca no comando da Petrobras foi feita na noite de sexta-feira (19). Em postagem nas redes sociais, Bolsonaro compartilhou uma nota oficial do Ministério das Minas e Energia (MME) que informava a indicação do general Joaquim Silva e Luna para o cargo de presidente da companhia. Silva e Luna vai substituir Roberto Castello Branco, que está no cargo desde o início do governo, em janeiro de 2019.
No sábado (20), Bolsonaro indicou que deverá realizar novas mudanças em cargos do governo. Ao participar de uma cerimônia de formatura de alunos da Escola Preparatória de Cadetes (EspCEx), em Campinas (SP), ele disse que precisa “trocar as peças que por ventura não estejam dando certo”. Em discurso, o presidente afirmou que há
A pauta está mantida. Aguardamos a formalização do parecer do Márcio Bittar para amanhã (hoje). Pauta importante para viabilizarmos o auxílio Rodrigo Pacheco Presidente do senado, sobre votação da PEC
possibilidade de mais trocas ocorrerem na semana que vem, mas não deu detalhes.
Para a vaga deixada por Silva e Luna, que ocupava o cargo de diretor-geral brasileiro da usina hidrelétrica Itaipu Binacional, Bolsonaro indicou o general de reserva do Exército João Francisco Ferreira.
A PEC trará no texto a cláusula de calamidade pública. Ao colunista do site G1, Gernson Camarotti, Rodrigo Pacheco afirmou que a votação é necessária para viabilizar novos pagamentos do auxílio emergencial.
Ainda segundo o senador, a agenda econômica do governo está blindada e não será afetada pela crise gerada pela troca de comando na Petrobras. “O assunto Petrobras é apartado e não vai interferir na agenda de reformas do Senado”, completou o senador, que também é o presidente do Congresso.
Ao colunista do G1, interlocutores do ministro da Economia Paulo Guedes afirmaram que a aposta na votação da pauta econômica no Congresso visa recuperar parte da credibilidade perdida nos últimos dias com a crise envolvendo a Petrobras.
DIREITOS HUMANOS A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, anunciou a intensificação do combate à violência contra a mulher, com a implantação do Plano de Enfrentamento ao Feminicídio, previsto para vigorar a partir do início de março. De acordo com dados apresentados por Damares Alves, só no ano passado, o Ligue 180 registrou aumento de 39% nas denúncias de violência contra a mulher.
Ainda segundo a ministra, também faz parte do combate à violência doméstica a ampliação da rede de Casas da Mulher Brasileira, lugar que reúne serviços de proteção como delegacia, psicólogos e acolhimento para quem foi vítima de violência. De acordo com Damares, hoje o Brasil possui apenas 7 espaços como esse e a meta é criar 27 novos centros ainda este ano. A ministra apelou às mulheres vítimas de violência: “Nos procurem. Vamos até vocês”.
A pasta chefiada pela ministra fez um balanço das ações desenvolvidas nos últimos meses, durante a pandemia. Segundo Damares, o governo entregou cestas básicas e kits de higiene para indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. O objetivo era evitar que esses povos saíssem do isolamento. “O nosso ministério distribuiu, diretamente, em torno de 450 mil cestas básicas beneficiando inúmeras famílias indígenas”, listou.
Outra medida lembrada por ela foi a criação de novos canais de denúncia de violência doméstica como WhatsApp 61- 99656-5008.
Faço um apelo às mulheres vítimas de violência doméstica: Nos procurem. Nós vamos até vocês Damares Alves
Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, ao falar de plano contra feminicídio