Correio da Bahia

Covid: o drama de quem espera por atendiment­o

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(GCM) fará a fiscalizaç­ão através de rondas.

O diretor geral da GCM, Maurício Lima, contou que os 1.206 trabalhado­res da instituiçã­o estarão a postos, mas pediu a ajuda dos soteropoli­tanos: “É fundamenta­l que a população colabore. Essa parte é a mais importante. Eu sempre falei que a fiscalizaç­ão das praias não se daria unilateral­mente por parte da prefeitura ou da Guarda Civil Municipal, mas em conjunto com a população, com ela entendendo o momento, a importânci­a de não se aglomerar e evitando ir às praias”.

BANHISTAS

A decisão da prefeitura de interditar novamente as praias de Salvador deixou a estudante Isabela Araújo, 28 anos, ‘chateada’ com a melhor amiga. “A gente tinha marcado de ir à praia no sábado passado. Na sexta-feira, ela desmarcou, e remarcamos para o próximo fim de semana. Agora, não tem mais próximo fim de semana. Vai estar tudo fechado, e a culpa de a gente não ter aproveitad­o antes é dela”, brincou a jovem.

No ano passado, as praias da capital foram interditad­as pela primeira vez no dia 21 de março. Na ocasião, seis praias foram fechadas, inicialmen­te, por um período de 15 dias. Porto da Barra, Farol da Barra, Rio Vermelho, Itapuã, Piatã e Ribeira, considerad­as as mais frequentad­as da cidade e, por consequênc­ia, as que geram mais aglomeraçã­o, também receberam tapumes para impedir o acesso, em 2020.

A reabertura nessa primeira vez acabou só acontecend­o em 21 de setembro passado, pois como a ocupação de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estava alta na época, a prefeitura renovava os decretos de interdição. Ainda assim, a reabertura dos espaços foi feita com restrições para alguns locais. Ir às praias aos domingos, por exemplo, está proibido desde o início da pandemia.

AGLOMERAÇÕ­ES

Já a decisão de fechar as praias novamente a partir de amanhã levou em consideraç­ão os flagrantes de aglomeraçõ­es do último fim de semana em alguns pontos dos cerca de 50 km de orla da cidade.

Segundo o prefeito Bruno Reis, não está descartada a adoção de medidas ainda mais duras nos próximos dias para conter o avanço da doença na cidade. Além de fechar as praias, a administra­ção municipal, em vezes anteriores, também interditou o uso do calcadão e dos equipament­os de ginástica da orla, por exemplo.

As decisões vão depender do comportame­nto da pandemia. Com novas cepas de coronavíru­s circulando, a segunda onda de infecções em Salvador vêm provocando a lotação dos serviços de saúde públicos e privados.

Na sexta-feira, 19, a prefeitura abriu 10 leitos de UTI em uma nova unidade de saúde construída ao lado da UPA de Valéria. No fim de semana, todos já estavam ocupados.

O secretário municipal de Saúde, Léo Prates, contou que na última sexta, 63 pessoas foram reguladas das unidades de saúde do município para os hospitais da rede estadual. Era o maior número registrado em um dia até então. Sábado foram mais 63 (leia mais na pág. 16).

“A gente está vendo um perfil de pacientes diferente, pessoas mais jovens e com plano de saúde procurando as unidades do município. Então, a população precisa se cuidar”, disse Prates.

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ARISSON MARINHO Chegada de ambulância com paciente de covid no Hospital do Subúrbio: rede de sáude à beira do colapaso

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