OMS: Brasil precisa levar pandemia a sério
SAÚDE O avanço da pandemia no território brasileiro mereceu atenção do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, que na sexta-feira afirmou que “o Brasil deve levar esta luta muito a sério”, acrescentando que medidas para interromper a transmissão do coronavírus são fundamentais.
O país vivencia um momento de crescimento dos casos nas últimas semanas e os primeiros dias de março foram marcados por recordes consecutivos de mortes. Em muitos estados, o sistema de saúde está perto do colapso (leia mais na página 11).
Além disso, a variante descoberta pela primeira vez em Manaus tem se mostrado altamente contagiosa e, para completar o quadro negativo, a vacinação caminha a passos lentos. A média é de 277 mil pessoas vacinadas por dia, muito abaixo da capacidade nacional - 1 milhão foram vacinadas diariamente na campanha da gripe em 2020. Até sexta-feira, 3,7% da população sido vacinada.
Adhanom destacou a preocupação da OMS com a situação. “Sem fazer nada para impactar na transmissão ou suprimir o vírus, não acho que, no Brasil, nós conseguiremos uma queda. Quero enfatizar isso: a situação é muito séria e estamos muito preocupados. E as medidas públicas que o Brasil
adotar precisam ser muito agressivas, enquanto distribui vacinas”, disse.
“A preocupação não é apenas com o Brasil. Os vizinhos, quase toda a América Latina. Muitos países. Se o Brasil não for sério, vai continuar afetando todos os vizinhos, e além”, completou.
“Agora não é momento pro Brasil e nem ninguém abaixar a guarda”, disse o diretor de Emergências em Saúde da OMS, Michael Ryan, ao falar que o comportamento de governos e população é fundamental diante da nova variante.
A situação é muito séria e estamos preocupados. E as medidas públicas que o Brasil adotar precisam ser muito agressivas, enquanto distribui vacinas Tedros Adhanom Diretor-geral da OMS