MP pede prisão de envolvidos na morte de tio e sobrinho
FURTO NO SUPERMERCADO O Ministério Público da Bahia (MP) recebeu, nessa sexta-feira (7), os pedidos de medidas cautelares do inquérito policial que apura o assassinato de Bruno Barros da Silva, 29 anos, e do sobrinho dele Yan Barros da Silva, 19, encontrados mortos após acusação de furto em um supermercado da rede Atakadão Atakarejo, no bairro de Amaralina. O crime foi no dia 26 de abril.
O MP se manifestou pelo pedido de prisão preventiva dos envolvidos na execução das vítimas e prisão também dos funcionários do supermercado por eles “terem contribuído com o desfecho trágico”, segundo o MP.
Na manifestação à Justiça, o Ministério Público pede ainda busca e apreensão de aparelhos celulares, instrumentos telefônicos, telemáticos, eletrônicos, imagens de câmeras de segurança e de todos os elementos que possam contribuir com a apuração.
Os corpos de Bruno e Yan foram encontrados com marcas de tortura e de tiros, no dia 26 de abril, no porta-malas de um carro abandonado na Polêmica, em Brotas. Segundo os familiares das vítimas, após serem acusados de furtar pacotes de carne, os dois teriam sido entregues a
OMPse manifestou pelo pedido de prisão preventiva dos envolvidos e também dos funcionários por eles ‘terem contribuído com o desfecho trágico’
traficantes por funcionários do supermercado.
“Ficamos sabendo que um funcionário chamou os traficantes da área, que botaram os dois na mala de um carro. Se eles estavam roubando, tinham que chamar a polícia, e não fazer isso”, disse um dos familiares, no último dia 27. Fotos que circularam nas redes sociais mostram tio e sobrinho em três momentos. O primeiro logo após eles terem sido flagrados roubando carne na rede de supermercado. Os dois estão agachados numa área interna do estabelecimento, ao lado dos produtos que teriam sido furtados e de um homem, apontado como segurança da loja.
O segundo momento mostra tio e sobrinho sentados numa escadaria do Boqueirão, onde foram mortos. Na quinta (6), Atakarejo anunciou o afastamento dos seguranças.
ACOLHIDO O bebê recém-nascido que foi achado dentro de um saco de lixo abandonado em uma rua de São Caetano no dia 29 de abril, encontrou uma família temporária, que vai cuidar da criança. A seleção aconteceu através do programa Família Acolhedora, da Fundação Cidade-Mãe (FCM) - o neném estava sob cuidados da instituição. Agora, a criança vai ficar com um casal de médicos de 47 e 48 anos, que prefere não se identificar. Eles têm dois filhos biológicos. “Desde agosto de 2020 estávamos esperando pela chegada de uma criança. Não tínhamos restrição de idade. Na semana passada, recebi uma ligação informando sobre o recém-nascido e a sua história. Tantas crianças precisam desse acolhimento. Se podemos ajudar, vamos ajudar. Estamos muito felizes com a chegada e ele será muito amado por nossa família nesse período”, disse a médica.