Desmatamento na Amazônia brasileira bate recorde em abril
MEIO AMBIENTE O Brasil volta a registrar novos recordes de desmatamento na Amazônia, após o governo prometer dobrar as fiscalizações para proteger a floresta. Os dados oficiais do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nessa sexta-feira (7|) apontam que em abril passado a região registrou o maior índice de alertas de destruição para o mês em toda a série histórica, que começou em 2015 com a operação do satélite Deter B, usado no mapeamento (compreendendo o período entre agosto de 2015 e julho de 2016).
O desmatamento cresceu 42% em abril, em relação ao mesmo mês do ano passado.
Foram 581 km² até o dia 29, contra 407 km² em abril de 2020. A organização Observatório do Clima chama a atenção para o fato de que 26% da Amazônia estava coberta de nuvens no período, ficando, assim, invisível ao satélite. É o maior porcentual de nuvens para o mês na série iniciada em 2015. Isso significa que há grande chance de a área ser ainda maior.
Os dados apontam que, na prática, perdeu-se 58 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 58 mil campos de futebol, em apenas um mês. "A estação seca na maior parte da Amazônia começa em maio e a partir de junho, a tendência da devastação será consolidada. Neste momento não é possível afirmar o que acontecerá, mas pode ser que em 2021 ocorra uma inédita quarta alta consecutiva do desmatamento. Os próximos meses dirão", alerta o Observatório do Clima.
Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, afirmou que "o desmatamento vai continuar em alta se nada for feito e é difícil imaginar que uma solução seja apresentada por um governo que é responsável por um aumento histórico do desmatamento e que represa e corta recursos para a proteção do meio ambiente".
JUSTIÇA A juíza Elizabeth Machado Louro, da 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, decretou a prisão preventiva do vereador Jairo Santos Souza Júnior, o Doutor Jairinho, e da professora Monique Medeiros, acusados pela morte do menino Henry Borel. Agora, o padrasto e a mãe da criança se tornaram réus.
Caso a prisão preventiva não tivesse sido decretada, tanto Jairinho quanto Monique poderiam ser soltos neste sábado (8), quando o prazo de suas prisões temporárias chegaria ao fim. Segundo a magistrada, a liberdade de ambos pode resultar em possível coação contra testemunhas da investigação.
A Polícia prendeu Jairinho e Monique em 8 de abril. O casal foi preso pela suspeita de homicídio duplamente qualificado – com emprego de tortura e sem chance de defesa para a vítima –, por atrapalhar as investigações e por ameaçar testemunhas para combinar versões.