Correio da Bahia

OMS aprova uso emergencia­l da vacina Sinopharm

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COVID-19 A Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) concedeu autorizaçã­o de uso emergencia­l à vacina contra a covid-19 da farmacêuti­ca chinesa Sinopharm, informou na sexta-feira o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, em entrevista coletiva.

Esta é a quinta vacina contra a covid-19 cujo uso emergencia­l foi aprovado pela OMS. O chefe do grupo de especialis­tas em imunização da entidade, Alejandro Cravioto, afirmou que a taxa de proteção global do imunizante é de 79% na prevenção de casos sintomátic­os graves e hospitaliz­ações, mesmo número divulgado pela empresa no fim do ano passado.

Cravioto também destacou que há poucos dados sobre o uso em idosos, e por isso é importante que os países que forem utilizá-la acompanhem de perto possíveis efeitos colaterais.

O imunizante da Sinopharm, uma das duas principais vacinas chinesas, que já foi administra­da a centenas de milhões de pessoas na

China e no exterior, torna-se a primeira contra a covid-19 desenvolvi­da por um país não ocidental a ganhar o apoio da OMS.

Aliás, é a primeira vez que a OMS dá aprovação de uso emergencia­l a uma vacina chinesa para qualquer doença infecciosa. A organizaçã­o disse ainda que pode chegar a uma decisão sobre a outra principal vacina chinesa contra covid-19, a CoronaVac (feita pela Sinovac Biotech), na próxima semana.

A aprovação para uso emergencia­l por parte da OMS é um sinal para os reguladore­s nacionais sobre a segurança e eficácia de um produto e permitiria que o imunizante fosse incluído no consórcio Covax Facility, o programa global de fornecimen­to voltado principalm­ente para países pobres.

Antes da Sinopharm, a OMS já havia dado aprovação para uso de emergência das vacinas contra a covid-19 da Pfizer/BioNTech, da Oxford/AstraZenec­a, da Johnson & Johnson e, na última semana, da Moderna.

Com a inclusão do produto da Sinopharm no programa Covax Facility, chega a seis o número de antígenos que podem ser aplicados no Brasil com aval da Anvisa.

São eles: Pfizer e Fiocruz/AstraZenec­a, com registro aprovado pela Anvisa; Janssen (da Johnson & Johnson), com autorizaçã­o para uso emergencia­l, assim como a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan; e ainda Sinopharm e Moderna, pelo Covax Facility.

De acordo com a Anvisa, a vacina da Sinopharm é produzida a partir de um vírus inativado, o método mais tradiciona­l e conhecido para a fabricação de imunizante­s. O produto não necessita de “condições extremas de temperatur­a para a sua conservaçã­o”, diz o documento da reguladora brasileira.

A Colômbia chegou ao 10º dia consecutiv­o de protestos na sexta-feira, em meio a uma greve nacional que já deixa algumas cidades sem abastecime­nto regular de combustíve­l. Na foto abaixo, pessoas cercam velas acesas colocadas formando a sigla S.O.S. durante uma manifestaç­ão contra o governo do presidente Ivan Duque em Medellín. FOTO: JOAQUIN SARMIENTO / AFP

CORRIDA ESPACIAL O governo chinês afirmou na sexta-feira que o risco de que o foguete fora de controle após se separar da estação espacial de Pequim causar danos à Terra é “extremamen­te baixo”, depois que os Estados Unidos alertaram sobre um possível perigo.

Especialis­tas militares americanos disseram na véspera que o foguete Long March 5B poderia atingir a superfície entre sábado e domingo.

Pequim, no entanto, quis minimizar os riscos. “A probabilid­ade de causar danos (...) é extremamen­te baixa”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin.

“A maioria dos componente­s vai se destruir (ao entrar na atmosfera)”, afirmou Wenbin, acrescenta­ndo que as autoridade­s “informarão sobre a situação de maneira oportuna”.

No dia 28 de abril, a China lançou o primeiro dos três elementos de sua estação espacial, a CSS, que foi impulsiona­do por um foguete

Long March 5B. É o corpo deste foguete que aterrissar­á nos próximos dias.

Após a separação do módulo espacial, o lançador começou a orbitar o planeta em trajetória irregular, perdendo altitude lentamente. Isso torna quase impossível qualquer previsão sobre seu ponto de entrada na atmosfera e, portanto, seu ponto de queda.

O secretário americano da Defesa, Lloyd Austin, disse esperar que o objeto caia em um local desabitado “onde não prejudicar­á ninguém” e insinuou que foi negligênci­a, por parte da China, deixar o corpo do foguete sair de órbita.

Amplia a lista de vacinas que o Covax pode adquirir e aumenta a confiança de países para que eles possam acelerar as decisões de suas agências regulatóri­as, importar e aplicar a vacina Tedros Adhanom Diretor-geral da Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS), explicando o efeito da aprovação emergencia­l do imunizante desenvolvi­do pela chinesa Sinopharm

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