6. APOSTE JÁ EM CURSOS E BUSQUE EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS MESMO QUE SEJAM VOLUNTÁRIAS
CURSOS
SENAI - @senaibahia Oportunidades gratuitas de aprendizagem industrial com início em junho. Voltado para jovens de 14 a 21 anos. Oferece chance de trabalhar com indústrias parceiras da entidade. Há também cursos pagos de curta duração a partir de R$ 139
SESI - @sesibahia
Foco no aumento da produtividade da indústria e bem-estar do trabalhador. Possui cursos gratuitos de ensino fundamental e médio de alta qualidade pelo Educação para Jovens e Adultos (EJA).
SENAC - @senacbahia Atividades de comércio de bens, serviços e turismo. Oferece cursos técnicos, de graduação e pós com parcelas a partir de R$ 145
FGV EXECUTIVA
124 opções de cursos curtos nas áreas de administração, direito, economia, educação, negócios, liderança, marketing, relações internacionais e tecnologia e ciência de dados. Acesse: www.educacao-executiva.fgv.br/cursos/gratuitos brica da Ford, fechada no ano passado na Bahia, que deixou 12 mil desempregados — sendo 5 mil da própria Ford e outros 7 mil que forneciam matérias-primas. A massa demitida é igual à população inteira da cidade de Saubara, no Recôncavo. Para Pessoti, a crise brasileira e a carga tributária, justificativas dadas pela empresa para encerramento das atividades, não foram as únicas determinantes, mas sim a falta de inovação.
O economista aposta que ocupações tradicionais tenderão a ser “uberizadas”, ou seja, terceirizadas e com fluxo tecnológico ainda mais global. Os jovens que não estudam e nem trabalham vão ter uma dificuldade maior de inserção nessa nova realidade. “Mas estar interessado em aprender é tudo o que o mercado quer agora porque o consumidor mudou. Essa adaptação nas tecnologias vai requerer profissionais conectados e com inglês na ordem do dia. O jovem que atende o requisito da língua estrangeira seguramente estará numa perspectiva positiva de trabalho”, orienta ele.
Presidente da regional baiana da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-BA), Wladimir Martins explica que a pandemia antecipou o futuro e sacudiu o mercado de trabalho porque revelou o déficit de profissionais que já existia em algumas áreas como saúde e tecnologia da informação e comunicação (TICs). Carreiras como as de médico, enfermeiro, farmacêutico, bioquímico, biomédico, desenvolvedor de software, designer e marketing digital estão sendo muito demandadas agora e continuarão na crista da onda da empregabilidade nos próximos anos, bem como profissionais da saúde mental e de educação financeira. Wladimir aposta que nada disso acabará no pós-pandemia. Pelo contrário, haverá um reconhecimento da importância da manutenção.
Professora do Insper, a economista Juliana Inhasz, explica que, se o jovem não correr atrás de oportunidades melhores diante do cenário que se apresenta para os próximos anos, provavelmente ele terá menores salários e regredirá uns 30 anos em termos de consumo. Ou seja, voltará aos anos 1990 e 1980, quando a massa trabalhadora não tinha a chance de ter imóvel ou carro próprio, uma época também de lazer mais limitado, com viagens a apenas locais próximos de casa. Especialmente para os de baixa renda, poderá ser mais difícil ter acesso a bens não essenciais como um tênis de marca e um celular de boa qualidade. Digamos que, para pegar o seu futuro de volta, é crucial que o jovem já esteja indo atrás das habilidades necessárias ao mercado de trabalho do Brasil pós-pandemia.