VEJA COMO MELHORAR A SUA SAÚDE MENTAL
Não está fácil manter a sanidade na pandemia, mas é necessário buscar alternativas para tentar chegar ao equilíbrio mesmo em meio a todo esse caos. Segundo a psiquiatra, doutora em Medicina e coordenadora do Centro de Estudos da Holiste Psiquiatria Fabiana Nery, as personalidades menos adaptadas a ambientes mais conflituosos tendem a desenvolver mais quadros de somatização. “Ou seja, são pessoas com características de personalidade que dificultam a adaptação a situações estressantes, como, por exemplo, baixo nível de resiliência, inflexibilidade e ansiedade”, explica. O consumo excessivo de informações, sobretudo as relacionadas às mortes de pessoas na pandemia, aumentam o sofrimento psíquico, a angústia e o medo do futuro.
No caso específico da covid-19, a sensação de vulnerabilidade é mais um fator que contribui para os quadros de ansiedade, como destaca ainda a especialista. “Considerando este momento de pandemia e suas repercussões, especialmente o confinamento, o distanciamento social e a mudança abrupta de rotinas, a saúde mental foi uma das esferas mais afetadas. Estar atento a mudanças de padrão de funcionamento e prejuízos no desempenho é fundamental para detectar alterações e sintomas ou sofrimento psíquico de forma rápida e assim iniciar a intervenção ou tratamento de maneira precoce”, orienta.
Diante desse cenário, a recomendação de Carmen Teixeira, professora do
Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Para cada um que se perceba vivenciando a angústia como um sintoma que se apresenta no corpo é fazer exercícios respiratórios, principalmente nos momentos de maior acentuação deles, como taquicardia e arritmia, ansiedade aguda e agitação. Outra orientação está na prática regular de atividades físicas, meditação, evitar o abuso de bebidas alcoólicas e a superexposição às notícias sobre a pandemia.
“Faça coisas que gosta, pense no que te faz bem. Um livro, um filme, uma nova atividade que descobriu.
Tudo isso ajuda. Mantenha o relacionamento social com familiares e amigos, ainda que seja através de meios virtuais. É importante exercitar a afetividade e a solidariedade com o outro”, aconselha.