OLAVO DE CARVALHO RECEBE ALTA E DEIXA O HOSPITAL
SAÚDE O escritor Olavo de Carvalho deixou ontem o hospital em que estava internado há 10 dias, em São Paulo. Ele teve uma crise de angina, um desconforto na região do tórax causado pela falta de sangue no músculo do coração. Olavo foi acompanhado pelo médico José Antonio Franchini Ramires, no Instituto do Coração), do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
“Durante a internação, o paciente foi submetido a tratamento medicamentoso para compensação cardíaca, assim como à cirurgia de revisão da operação da bexiga a que ele foi submetido em maio deste ano, nos Estados Unidos”, diz um trecho do comunicado divulgado pelo hospital.
A cirurgia foi feita em “caráter emergencial” no dia 13 de julho, e durou três horas. A operação foi comandada pelo médico Miguel Sroug.
CÂMARA Disposto a esvaziar a pressão para autorizar o impeachment de Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), articula com aliados a mudança no sistema de governo por meio de uma proposta de emenda à Constituição (PEC). A um ano e três meses das eleições de 2022 e sob a justificativa de que o presidencialismo virou uma fonte inesgotável de crises, a ideia apoiada por Lira e nomes de peso do mundo político e jurídico prevê a adoção do regime semipresidencialista no Brasil.
O modelo introduz no cenário político a figura do primeiro-ministro e aumenta o poder do Congresso. Embora a proposta determine que o novo sistema tenha início apenas no primeiro dia do "mandato presidencial subsequente" à promulgação da emenda, sem fixar datas, o presidente da Câmara, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-presidentes, como Fernando Henrique Cardoso, Michel Temer e José Sarney, defendem o ano de 2026 como ponto de partida.
Lira apresentou a minuta na terça-feira passada, em reunião do colégio de líderes, e obteve apoio da maioria para levá-la adiante, apesar das críticas da oposição, principalmente do PT, que chama a proposta de "golpe" e "parlamentarismo envergonhado". A PEC é de autoria do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), ex-secretário da Casa Civil de São Paulo, e, para que comece a tramitar na Câmara, precisa de 171 assinaturas.
A proposta de semipresidencialismo prevê um modelo híbrido. Ao mesmo tempo em que mantém o presidente da República, eleito pelo voto direto, delega a chefia de governo para o primeiroministro. É ele quem nomeia e comanda toda a equipe, o chamado "Conselho de Ministros", incluindo até mesmo o presidente do Banco Central.
O semipresidencialismo é a forma de estabilizar a política dentro do Congresso Nacional Arthur Lira
Presidente da Câmara dos Deputados