Receita Federal confirma concurso
Depois de sete anos sem realizar concurso, a Receita Federal confirmou que disponibilizará 699 vagas para um novo certame, com a realização de provas ainda em 2021. A expectativa é que sejam abertas 230 oportunidades para Auditor Fiscal e 469 para Analista Tributário, com edital a ser publicado em setembro. Em 2019, o Congresso Nacional definiu o salário inicial dos auditores em R$ 21.029,09, e em R$ 12.142,39 os de analista Tributário.
De acordo com o professor de cursos preparatórios e advogado André Malheiros, os atrativos para essa seleção são diversos, e vão desde a possibilidade de trabalhar em qualquer lugar do País até a remuneração e os benefícios para os cargos.
“A Receita Federal do Brasil é um dos órgãos mais respeitados e o candidato que pretende concorrer a uma vaga deve estar muito atento às atribuições da carreira que pretende seguir e, consequentemente, às matérias que deve estudar”, afirma o especialista.
Para concorrer a qualquer uma das duas funções, é necessário possuir o curso superior completo. Malheiros ressalta que, nos últimos concursos, não foi exigida uma formação específica e que a tendência é que o novo edital mantenha esse comportamento.
O advogado esclarece que o analista é o responsável por realizar as atividades acessórias e preparatórias para as atribuições do auditor fiscal, a exemplo de exames de matérias e processos administrativos. “Já o auditor é quem constitui o crédito tributário via lançamento, realizando os procedimentos de fiscalização”, explica.
Como a concorrência é alta e muito qualificada em concursos como esse, não é possível negligenciar nada. Com uma vasta experiência nesse tipo de preparação, Malheiros diz que já viu bons candidatos perderem grandes oportunidades por não alcançarem notas mínimas em algumas matérias.
“Bons candidatos já foram reprovados por não acertarem o mínimo em matérias que pensavam ser irrelevantes. É importante o candidato ter um estudo com regularidade e segurança, além de conhecer a legislação aduaneira e o comércio exterior ", garante, destacando que as disciplinas básicas da área fiscal são contabilidade, Direito Tributário, Constitucional e Administrativo, Auditoria e Português. “Não dá para negligenciar de forma alguma a legislação tributária federal (específica para essa prova)”, reforça.
O professor lembra que, para o cargo de Auditor, haverá um aprofundamento maior em matérias específicas e que, para esse novo concurso, a Esaf (Escola de Administração Fazendária, ligada ao Ministério da Economia) não será a banca organizadora. “Além disso, o processo desse concurso deve ser célere como o de 2014 por causa dos prazos (lei de eleições), então é possível que venha uma prova muito parecida com a anterior (sem Direito Civil, Empresarial e Penal). No entanto, eu apostaria em TI porque é uma matéria que é tendência em todas as provas de fiscal atuais”, orienta Malheiros.
O professor afirma que um novo concurso para a Receita é esperado desde 2014 e que muitos estão focados exclusivamente nele desde então, afinal, a expectativa era de que novas seleções para o órgão fossem realizadas a cada três anos. “Aguardamos uma prova bastante técnica, porém com cobranças justas. É importante o candidato se atentar aos detalhes. O que diferencia o aprovado do reprovado são a preparação emocional e o foco nos detalhes”, diz. Vale lembrar que as nomeações, anunciadas anteriormente para até o dia 31 de dezembro, deverão ser adiadas para 2022.
SALVADOR
Ensino Médio