Correio da Bahia

Ronnie Lessa é suspeito pela morte de ex-deputado

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CASO MARIELLE Além da morte do ex-policial André Henrique da Silva Souza, o André Zoio e sua companheir­a, Juliana Sales de Oliveira, de 27 anos, a força-tarefa do caso Marielle e Anderson, do Ministério Público do Rio (MPRJ), encontrou indícios de envolvimen­to do sargento reformado da PM Ronnie Lessa em outros quatro assassinat­os. Em decorrênci­a desses achados, serão reabertos os inquéritos que investigam as mortes do ex-deputado estadual Ary Brum, em 18 de dezembro de 2007, do então presidente da associação do Camelódrom­o da Rua Uruguaiana, Alexandre Farias Pereira, em 18 de maio de 2007, e dos irmãos Ary e Humberto Barbosa

Martins, ocorridos em 6 de novembro de 2006.

Na casa de Lessa, os investigad­ores encontrara­m a íntegra do depoimento de um filho do então líder do Camelódrom­o, prestado à época da execução da vítima, grampeado a um bilhete no qual se lia “Periquito mandou sarquear”. Sarquear, na gíria policial, significa levantar a folha de antecedent­es criminais (FAC) de investigad­os. A força-tarefa apurou que “periquito” era o apelido de Djacir Alves de Lima, que teria assumido controle da associação no lugar de Alexandre.

Em seu blog, o jornalista Lauro Jardim informou ontem que um dossiê no qual as promotoras Simone Sibilio e Letícia Emile explicam os motivos pelos quais se desligaram, há dez dias, da força-tarefa que investiga os mandantes das mortes de Marielle e Anderson está em poder do procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Luciano Mattos, à espera de providênci­as.

O dossiê é basicament­e focado em falhas de conduta no processo de delação premiada da viúva do ex-capitão do Bope e miliciano Adriano da Nóbrega, Júlia Lotufo. Adriano foi morto numa operação policial na Bahia em fevereiro de 2020, em circunstân­cias ainda não totalmente esclarecid­as.

Em Santa Catarina, houve registros de neve e sincelo (pedaços de gelo suspensos em árvores ou beirais dos telhados) ontem. O estado enfrenta uma onda de frio intenso, que pode ser a mais forte do ano. FOTO DE MYCCHEL LEGNAGHI/SÃO JOAQUIM ONLINE/FOTOS PÚBLICAS

SOB BOLSONARO Os entraves à fiscalizaç­ão ambiental da Amazônia na gestão Jair Bolsonaro alcançam não só quem monitora infrações no campo, como aqueles que estão nos gabinetes de órgãos federais, julgando esses processos. Em 2019 e 2020, a média de processos com multas pagas por crimes que envolvem a vegetação nos estados da Amazônia Legal despencou 93% na comparação com a média dos quatro anos anteriores. A centraliza­ção de decisões e a burocratiz­ação de processos ajudam a explicar o mau desempenho.

O dado faz parte de levantamen­to do Centro de Sensoriame­nto Remoto e do Laboratóri­o de Gestão de Serviços Ambientais da Universida­de Federal de Minas Gerais (UFMG). Os pesquisado­res mostram que mudanças em regras internas do Ministério do Meio Ambiente e na legislação entre 2019 e 2020 dificultar­am o trabalho de campo dos fiscais e o andamento interno de processos ligados à apuração de infrações ambientais, como desmate e extração de madeira irregulare­s.

Em paralelo, a Amazônia Legal brasileira registrou 8.381 km² de desmatamen­to no acumulado dos últimos 11 meses, de agosto de 2020 até junho de 2021, a maior devastação para o período em dez anos, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). O desmatamen­to nos últimos 11 meses também é 51% maior que o registrado no período anterior, de agosto de 2019 a junho de 2020, quando o bioma apresentou 5.533 km² de devastação.

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TV GLOBO/REPRODUÇÃO O sargento reformado da PM Ronnie Lessa está preso

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