São Paulo e outras 18 capitais vetam festas de Réveillon
ÔMICROM Com o avanço da variante Ômicron do coronavírus, a prefeitura de São Paulo anunciou ontem o cancelamento do Réveillon da Avenida Paulista e a continuidade do uso de máscaras obrigatório, mesmo em ambiente externo. A decisão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi baseada em parecer da Vigilância Sanitária e confirmada em Nova York, onde ele está com o governador João Doria (PSDB) em viagem oficial. Com isso, já são 19 as capitais que suspenderam a festa
A decisão é motivada em parte pelo avanço da nova cepa em diferentes continentes. No país, havia cinco casos da Ômicron até ontem: três em São Paulo e dois confirmados ontem pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal.
A gestão paulistana tem destacado que as taxas da capital continuam “favoráveis” em relação a outros períodos da pandemia. Nunes descartou restringir grandes eventos por ora e argumentou que os óbitos caíram muito. “Hoje, apesar da variante, a situação é controlada. Vamos continuar tendo eventos com comprovante de vacinação", disse. Segundo ele, um novo estudo da Vigilância Sanitária sobre o uso obrigatório de máscara e a presença da nova cepa será entregue no fim de dezembro.
Sobre a realização do Carnaval, o prefeito disse que a Secretaria de Saúde vai monitorar o cenário. “São Paulo não fará nada por pressão. Não é coerente tomar uma decisão agora sobre carnaval”, comentou. Ele descartou exigir passaporte vacinal em bares e restaurantes da capital paulista. Anteontem, Doria defendeu que prefeitos paulistas suspendam as festas de Réveillon no estado.
Com a chegada da Ômicron e a nova onda da covid-19 na Europa, ao menos 19 capitais no País desistiram de eventos públicos no fim do ano. Entre elas, Salvador, Fortaleza, Florianópolis,
João Pessoa, Belo Horizonte, Recife, Brasília, Belém, São Luís, Campo Grande, Palmas, Teresina, Aracaju, Porto Alegre, Cuiabá, Vitória e Goiânia. Nesta semana, a prefeitura do Rio disse esperar mais informações para decidir se manterá o evento em Copacabana. Rio Branco, Maceió e Manaus avaliam o cenário epidemiológico