Vacina deve ser aplicada no 1º ano de vida
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos países onde a tuberculose ainda é uma doença frequente, como no Brasil, e a vacina BCG integra o programa de vacinação infantil, previne-se mais de 40 mil casos por ano de meningite tuberculosa. O ideal é que a dose seja aplicada na criança logo após o nascimento ou até 1 ano de vida.
O pediatra André Soledade, coordenador da Pediatria do Instituto Couto Maia, explica que a Bahia é uma região endêmica desta doença. Ou seja, a enfermidade nunca deixou de existir por aqui.
“A vacina BCG protege contra os casos graves de tuberculose. Ela é aplicada logo no nascimento, quando a criança ainda está na maternidade. Ela deve ser aplicada, de preferência, antes de sair da maternidade, principalmente na Bahia, uma região endêmica de tuberculose, porque aqui nunca deixou de existir a doença”, esclarece André Soledade.
O imunizante pode ser aplicado a qualquer momento caso a criança não tenha acesso na maternidade, segundo o pediatra, mas deve ser feito, no máximo, até o primeiro ano de vida. Depois dessa idade, a criança tem de fazer um teste antes de receber a dose da vacina para não ter reações severas. “Depois de um ano de vida. ela também pode tomar, só que se ela tiver o risco de já ter sido exposta, tem que fazer um teste antes, se não, pode dar uma uma reação muito intensa, como uma ferida e muita dor no local”, detalha.
O médico pediatra ainda alerta que, se a vacina nunca for aplicada, a criança corre risco de morrer caso tenha contato com a tuberculose. “Se a criança nunca tomar essa vacina, o risco é ela pegar tuberculose em contato com alguém que tenha a doença e desenvolvê-la na forma grave, tanto pulmonar quanto sistêmica e neurológica, que são formas mais severas, em que a pessoa não vai ter só o quadro de tosse e febre, vai ter um quadro de infecção mais grave, e pode trazer até risco de vida ou sequelas para o resto da vida”, alerta o especialista.