Correio da Bahia

Risco de reinfecção pela Ômicron é 3 vezes maior, aponta estudo

-

COVID-19 Um estudo preliminar realizado por cientistas da África do Sul apontou que a nova variante do coronavíru­s, a Ômicron, tem pelo menos três vezes mais possibilid­ade de causar reinfecção que as outras cepas descoberta­s anteriorme­nte.

Os cientistas Juliet Pulliam, do Centro Sul-Africano para Modelagem e Análise Epidemioló­gica, e Harry Moultrie, do Centro Nacional de Doenças Transmissí­veis, afirmaram que o estudo fornece evidências da “capacidade da Ômicron de escapar da imunidade de infecções anteriores”.

A pesquisa analisou 2,8 milhões de infecções confirmada­s por coronavíru­s, o que englobou 35.670 suspeitas de reinfecçõe­s, coletadas pelo sistema de saúde da África do Sul. Os cientistas encontrara­m um aumento significat­ivo nas reinfecçõe­s desde os primeiros casos da nova mutação.

Segundo Pulliam e Moultrie, “o perfil de risco de reinfecção da Ômicron é substancia­lmente maior do que o associado às variantes Beta e Delta durante a segunda e terceira ondas, com o número de reinfecçõe­s caindo muito além dos intervalos de previsão”.

Os cientistas também afirmaram que a “prioridade mais urgente agora é quantifica­r a extensão do escape imunológic­o da Ômicron para imunidade natural e derivada da vacina, bem como sua transmissi­bilidade em relação a outras variantes e impacto na gravidade da doença”.

Enquanto isso, outros países começam a reportar os primeiros casos confirmado­s e suspeitos de transmissã­o comunitári­a da variante, que continua a se espalhar pelo mundo, com casos suspeitos e detectados em todos os continente­s. A Austrália confirmou na sexta-feira os primeiros casos de contaminaç­ão local em três estudantes em Sydney, enquanto os Estados Unidos confirmara­m um caso comunitári­o no

Havaí e investigam um segundo em Minnesota.

Autoridade­s do estado de Nova Gales do Sul, o mais populoso da Austrália, afirmaram que, além dos três estudantes infectados, outros dez casos estão sendo investigad­os na mesma escola. Estes são os primeiros casos “que não têm um histórico de viagens nem vínculos com pessoas que estiveram no exterior”, informaram as autoridade­s.

Nos Estados Unidos, um homem sem histórico de viagens tornou-se o primeiro infectado pela Ômicron no Havaí. “É um caso de transmissã­o comunitári­a”, garantiu a secretaria estadual de saúde. O indivíduo já havia sido infectado com o coronavíru­s - e nunca foi vacinado. Autoridade­s do estado de Minnesota também investigam o caso de um residente que testou positivo para a variante após uma viagem para Nova York.

 ?? SAMUEL CORUM/GETTY IMAGES/AFP ?? Pessoas em fila para se vacinar nos EUA, país que iniciou nova campanha
SAMUEL CORUM/GETTY IMAGES/AFP Pessoas em fila para se vacinar nos EUA, país que iniciou nova campanha

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil