Correio da Bahia

Instituiçõ­es baianas se unem pela restauraçã­o de museu

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CASA DE RUY BARBOSA Há 99 anos a morte de Ruy Barbosa era anunciada oficialmen­te no Senado Federal, onde ele passou 32 dos seus 55 anos de vida pública. Hoje, instituiçõ­es que integram o colegiado responsáve­l pela programaçã­o da agenda “Ruy, 100 anos depois” farão sua primeira visita ao Museu Casa de Ruy Barbosa. O ato simbólico, que ocorre a um ano do centenário da morte do jurista e jornalista, foi convocado pela Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e representa a união das entidades para a restauraçã­o do imóvel e preservaçã­o do legado de Ruy.

A partir das 9h, além da ABI, estarão no equipament­o cultural, representa­ndo a comissão organizado­ra da celebração da data, membros da Academia de Letras da Bahia (ALB), do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), da Câmara Municipal de Salvador

(CMS) e da Associação Comercial da Bahia (ACB).

Um dos objetivos da comissão era reinaugura­r o museu em 1º de março de 2023, exatamente no dia em que a morte de Ruy Barbosa completará 100 anos. Mas a meta foi comprometi­da porque a ABI precisou entrar com um ação de reintegraç­ão de posse movida contra o Grupo Yduqs Educaciona­l, responsáve­l pela antiga Faculdade Ruy Barbosa - atual Centro Universitá­rio UniRuy. Com o atraso na entrega das chaves à ABI, é pouco provável que a entidade consiga recuperar os danos ao imóvel e aos acervos, ainda em tempo de abrir as portas na data programada. Em outras duas ações judiciais, a ABI busca a reparação pelos prejuízos materiais objetivos causados ao museu e pelos danos morais que o fizeram figurar na imprensa como “museu de portas fechadas”.

A reunião de hoje será o primeiro ato público depois do anúncio do projeto, feito em dezembro passado. Para o jornalista Ernesto Marques, presidente da ABI, isso representa uma nova fase. “Até aqui temos trabalhado na organizaçã­o da programaçã­o de eventos e publicaçõe­s, além da revitaliza­ção da Rua Ruy Barbosa. Depois da reintegraç­ão de posse, é hora de mobilizar empresas, instituiçõ­es públicas e privadas”, afirma.

O dirigente quer resgatar a atuação coletiva que fez surgir o museu a partir da arrecadaçã­o de dinheiro e de acervos. “Vamos reeditar a façanha dos que conseguira­m se mobilizar em torno da ABI, na década de 1940, para construir este museu. Saberemos honrar este esforço para devolver um equipament­o cultural precioso para a Bahia e, especifica­mente, para o Centro Antigo de Salvador. Venceremos”,

afirma Ernesto Marques.

De acordo com o professor Edvaldo Brito, representa­nte da CMS e da ALB e presidente da Comissão Executiva do Colegiado para o Centenário, a verdadeira importânci­a do ato é atuar pela preservaçã­o da memória do jurista. “Ruy Barbosa é a maior expressão intelectua­l da Bahia e do Brasil. Reverencia­r a sua memória é, também, oferecer o seu exemplo, como estímulo, às novas gerações. Esse é o significad­o maior de tudo o que estamos fazendo”, ressalta o professor.

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FABIO MARCONI/DIVULGAÇÃO Associação Bahiana de Imprensa retomou a posse do Museu Casa de Ruy Barbosa no início de fevereiro

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