Folia de rua tem paredão, bloco e aglomeração
Carnaval clandestino passou dos limites na capital. Bairros como Itapuã e Barra lideram denúncias
O momento não é de aglomerar, muito menos de brincar Carnaval sem respeitar os protocolos sanitários. O decreto do governo estadual proíbe qualquer tipo de manifestação ou festa carnavalesca em todo o estado, por conta da pandemia da covid-19. Em Salvador, no entanto, existiram muitos casos que passaram do limite.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que teve, sim, Carnaval no Nordeste de Amaralina, um dos circuitos oficiais da festa, bloquinhos clandestinos no Santo Antônio Além do Carmo e em Matatu de Brotas, além de um paredão na Boca do Rio, que terminou com dois pneus furados de viaturas da Polícia Militar da Bahia (PM-BA). Sem contar com os lixos que ficaram nas ruas, principalmente no Garcia.
Segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), os bairros recordistas de denúncias por desrespeito às normas municipais, no último final de semana, foram: Liberdade, Itapuã, Barra, Rio Vermelho e Lobato.
Ao todo, mais de 2.500 vistorias foram feitas pela Sedur, nos três dias mais movimentados da festa, suspensa pelo segundo ano consecutivo. Três bares e restaurantes foram notificados – no Curuzu, Pau Miúdo e Caixa D’Água além de três locais de eventos, Federação e Stella Maris.
Circuito oficial do Carnaval, o Nordeste de Amaralina foi um dos bairros mais movimentados do final de semana. “Aqui no Nordeste teve Carnaval, sim, normal. Não teve trio, mas teve muita muvuca, com som alto, o normal de paredão”, relata uma moradora do Nordeste de Amaralina, que não quis se identificar.
Ela ainda diz que houve aglomeração “bem grande” na saída do bairro, em frente ao Hotel Lotus, na rua José Inácio do Amaral. “Começou às 21h e já estava com muita gente. Deve ter incomodado o morador, mas quem mora na principal, sabe que rola dessas”, explica a moradora. Outro morador anônimo disse que viu a movimentação de bloquinhos nas ruas do Vale das Pedrinhas, mas que não incomodou. “Começou cedo e umas 22h já tinha acabado”, completa.
SANTO ANTÔNIO
No Santo Antônio, o barulho incomodou, principalmente porque não são os moradores os principais adeptos às aglomerações. “A impressão que dá é que o público que vem usufruir do bairro não respeita o mesmo. Acho legal a movimentação, mas sempre causa transtorno, infeliz