CADA VEZ MAIS PRÓXIMO
Em negociação para comprar uma possível SAF do Bahia, membros do Grupo City estão em Salvador para conhecer o clube mais de perto. De acordo com apuração da reportagem, representantes do fundo árabe desembarcaram na capital baiana e vão permanecer até hoje.
Os representantes do City aproveitam a visita para conhecer as instalações do Bahia, como a Cidade Tricolor e o Fazendão, além da Arena Fonte Nova. A tendência é de que após as reuniões entre as partes, o martelo seja batido para a realização de uma proposta oficial de compra.
Essa não é a primeira vez que membros da diretoria do Bahia e representantes do Grupo milhões de reais éo investimento previsto para ser feito pelo Grupo City em caso de venda da SAF tricolor
City se encontram presencialmente. No início de abril, o presidente tricolor, Guilherme Bellintani, esteve em Manchester, na Inglaterra, para avançar nos detalhes do acordo.
Apesar da negociação avançada, em caso de proposta oficial a decisão será tomada pelos sócios do Bahia. Inicialmente o documento precisa passar pelo Conselho Deliberativo - que criou uma comissão para analisar o assunto. Na sequência, uma Assembleia Geral Extraordinária será convocada para que os sócios votem pela venda ou não.
Para quem ainda não está familiarizado com o assunto, SAF é a sigla para Sociedade Anônima do Futebol. Originalmente, no Brasil, os clubes de futebol são associações sem fins lucrativos. Com a SAF, o Bahia deixaria esse modelo para se tornar um clube-empresa, se abrindo para captação de recursos através de um investidor, que no caso é o City Football
Group. Há diferença do ponto de vista tributário entre os dois modelos.
A migração gera debates, ainda mais que a legislação que institui a SAF no Brasil foi criada em agosto no ano passado (lei nº 14.193). Mas tende a se tornar mais comum em uma realidade de clubes nacionais endividados e em busca de aumentar sua capacidade de investimento. Entre os times mais tradicionais, Botafogo e Cruzeiro foram adquiridos recentemente. O Vasco já costurou a mudança e aguarda parecer do Conselho Deliberativo.
PROPOSTA
No início de abril, o CORREIO divulgou informações em primeira mão sobre o contrato que vem sendo discutido entre Bahia e o fundo árabe. O tricolor venderia 90% da sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) em troca de um investimento de R$ 650 milhões a ser realizado em três anos.
Caso o martelo seja batido, o Esquadrão receberia R$ 50 milhões em julho e mais R$ 150 milhões em caso de acesso à Série A do Brasileirão, totalizando R$ 200 milhões de aporte no primeiro ano.
Há algum tempo o City está amadurecendo a ideia de ter um clube no futebol brasileiro. Especula-se que o objetivo do fundo é fazer do Bahia o time número 2 entre as franquias, atrás apenas do inglês Manchester City, a grande estrela da companhia. Em nível nacional, o plano é no médio-longo prazo transformar o Esquadrão em um clube do top-6 do futebol brasileiro.
Ao todo, o Grupo City conta com 10 clubes, incluindo o de Manchester. Além da equipe inglesa, há ainda: Montevideo City Torque (Uruguai), Troyes (França), Lommel (Bélgica), Girona (Espanha), Mumbai City (Índia), Sichuan Jiuniu (China), Yokohama Marinos (Japão), Melbourne City (Austrália) e New York City (EUA).
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