CÂMARA TEM NOVOS E VELHOS CONHECIDOS
Deputados Nomes fortes de esquerda e direita contam com votação expressiva
A Câmara dos Deputados terá novas caras bem conhecidas para os próximos quatro anos. Ex-ministros, ex-candidatos a presidente e outros nomes que surgiram com força na direita e na esquerda nos últimos anos.
Em São Paulo, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL), forte apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), foi eleito com mais de 600 mil votos. À frente dele, ficaram dois quadros importantes da linha de frente do bolsonarismo: Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro - filho de Jair, ambos também do PL.
A liderança no estado, no entanto, ficou com um político de esquerda. O ex-candidato a presidente Guilherme Boulos (PSOL), que apoia o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta eleição, teve mais de 1 milhão de votos dos paulistas.
O estado ainda elegeu duas novas deputadas de esquerda. Érika Hilton (PSOL) foi a primeira mulher trans a ser eleita deputada federal - Duda Salabert (PDT), em Minas Gerais, também foi eleita - e a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-candidata à presidência Marina Silva (Rede) também conquistou uma cadeira em Brasília.
Ainda em Minas, Nikolas Ferreira (PL), apoiador de Bolsonaro, teve a maior votação do país para deputado, com cerca de 1,5 milhão de votos. Logo atrás dele, ficou André Janones (Avante), um dos maiores cabos eleitorais de Lula neste pleito, sobretudo nas redes sociais.
No Rio de Janeiro, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello foi o segundo mais votado e também se elegeu para a Câmara dos Deputados. Só ficou atrás de Daniela do Waguinho (União Brasil), reeleita. Os fluminenses também recolocaram na Câmara a ex-governadora Benedita da Silva (PT) e elegeram o ex-prefeito do Rio, ex-senador e ex-ministro Marcelo Crivella (Republicanos).
Mas alguns nomes conhecidos ficaram de fora. O principal deles foi o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB), que fracassou em São Paulo.