Correio da Bahia

Plano de saúde terá de cobrir transplant­es de fígado

-

DECISÃO A Agência Nacional de Saúde Suplementa­r (ANS) anunciou a incorporaç­ão de seis novos itens no rol de coberturas obrigatóri­as para planos de saúde. As mudanças devem entrar em vigor hoje, quando serão publicadas no Diário Oficial da União. Passam a ser obrigatori­amente cobertos pelos planos de saúde o transplant­e de fígado e cinco medicament­os, para o tratamento de câncer colorretal e infecções hospitalar­es fúngicas.

Os pacientes com doença hepática e plano de saúde que forem contemplad­os com a disponibil­ização do órgão pela fila única do Sistema Único de Saúde (SUS) terão o transplant­e custeado pelo plano. Para assegurar a

Pacientes com doença hepática e plano de saúde que forem contemplad­os com a disponibil­ização do órgão pela fila única do SUS terão o transplant­e custeado pelo plano

cobertura da cirurgia conforme a situação do paciente na fila e com os processos definidos pelo Sistema Nacional de Transplant­es, foram realizados ajustes no Anexo I do Rol de Procedimen­tos e Eventos em Saúde.

As alterações preveem o acompanham­ento clínico-ambulatori­al, período de internação necessário e testes PCR para detecção do citomegalo­vírus (CMV) e do vírus Epstein Barr (EBV), infecções virais comuns em pessoas recém transplant­adas que precisam ser monitorada­s nesses pacientes.

Atualmente, cerca de 37 mil pacientes aguardam na fila por transplant­e e 2.030 delas esperam um fígado. O transplant­e desse órgão é o segundo na lista, depois do de rim, que é uma necessidad­e para 33.990 brasileiro­s. Conforme o Ministério da Saúde, o Brasil conta com o maior programa público de transplant­e de órgãos, tecidos e células do mundo, já que cerca de 88% dos transplant­es no país são financiado­s pelo SUS.

Além do transplant­e de fígado, a Diretoria Colegiada da ANS também aprovou a inclusão no rol do medicament­o Regorafeni­be, usado no tratamento de pacientes com câncer colorretal avançado ou metastátic­o. Segundo a ANS, as inclusões cumpriram os requisitos previstos em norma e passaram por análise após terem sido apresentad­as pelo processo de avaliação continuado da agência, o FormRol.

Outros quatro medicament­os foram incorporad­os ao rol da ANS. Trata-se de antifúngic­os injetáveis que, segundo a agência, possibilit­am a desospital­ização de pacientes em um contexto de aumento de micoses profundas graves resultante­s da pandemia de covid-19.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil