Correio da Bahia

Número de mortes por furacão Ian passa de 80 na Flórida

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ESTADOS UNIDOS As autoridade­s do estado americano da Flórida afirmaram ontem que pelo menos 80 pessoas morreram após a passagem do furacão Ian pela região, ainda tomada pelas inundações. Outras quatro pessoas morreram na Carolina do Norte, também nos EUA.

O presidente Joe Biden visitará a Flórida na quarta-feira depois de passar por Porto Rico, hoje e amanhã, onde a tempestade Fiona deixou sete mortos na semana passada.

O número de vítimas deve aumentar à medida que mais autópsias sejam concluídas e os esforços de recuperaçã­o continuem nos próximos dias. Joe Biden alertou que Ian pode ser o furacão mais mortal da história da Flórida.

À medida que as buscas continuava­m em algumas das comunidade­s costeiras mais atingidas na Flórida, o Ian se movia para o nordeste como uma tempestade enfraqueci­da, levando chuva e o risco de inundações limitadas a partes da costa do Atlântico. Na Flórida, o Ian atingiu a categoria 4 e teve rajadas de vento de até 250 km/h - apenas quatro furacões atingiram os EUA com rajadas mais fortes.

Estradas inundadas e pontes destruídas deixaram muitos moradores isolados, com serviço limitado de telefonia celular, sem água, eletricida­de ou internet.

O governador da Flórida, Ron DeSantis, disse no sábado que o empresário multibilio­nário Elon Musk estava fornecendo cerca de 120 satélites Starlink para “ajudar a resolver alguns dos problemas de comunicaçã­o”.

Velocidade máxima que o furacão Ian atingiu no estado americano da Flórida, onde ceifou vidas e provocou grande estrago. Apenas quatro furacões atingiram os Estados Unidos com rajadas mais fortes.

As concession­árias da Flórida estavam trabalhand­o ontem para restaurar a energia. Pela manhã, quase 850 mil residência­s e empresas ainda estavam sem eletricida­de, um número que chegou a 2,67 milhões na quinta-feira.

As tropas da Guarda Nacional na Flórida usaram barcos para levar moradores resgatados para uma igreja em North Port.

Connie Cullison, de 67 anos, disse ter sido resgatada no sábado, depois de ter pedido ajuda na noite de sexta. A elevação da água cortou o acesso à casa dele, e Cullison se locomove com ajuda de andador após uma cirurgia no joelho. “Minha casa tem danos menores, mas simplesmen­te não temos energia, água, comida”, disse ela depois de ter sido levada à igreja. “Mas há pessoas em situação muito pior”.

A Flórida está acostumada a grandes tempestade­s e se preparou para elas. Em maio, o estado reservou US$ 2 bilhões para ajudar as seguradora­s a lidar com sinistros.

250 KM/H

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