Exército: José Múcio diz que troca no comando foi acertada
DEFESA O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva permanece com um sentimento de desconfiança em relação às Forças Armadas. Diante disso, ele avaliou que a troca no comando do Exército, do general Júlio César de Arruda pelo comandante militar do Sudeste, general Tomás Miguel Ribeiro Paiva, foi "acertada".
Em entrevista à GloboNews ontem, Múcio afirmou que Lula o pediu que "resolvesse" a questão envolvendo o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) e nomeado para chefiar o 1º Batalhão de Ações de Comando do Exército em Goiânia. O ministro, contudo, relatou dificuldade em resolver a questão, especialmente por conta de um "ambiente político muito forte" no Exército.
"Senti que ele (Lula) tinha perdido a confiança, não tinha assunto que virasse a página. E nós só poderíamos começar a conversar se a gente virasse essa página", comentou. Segundo Múcio, foram uma "série de coisinhas" que aconteceram que ocasionaram a demissão de Arruda do cargo de comandante do Exército, substituído por Paiva. "Tenho absoluta certeza que foi a decisão acertada. Foi o que nós fizemos, o presidente ficou satisfeito", emendou.
Segundo a Folha de S.Paulo, a nomeação
Senti que ele [Lula] tinha perdido a confiança, não tinha assunto que virasse a página. E nós só poderíamos começar a conversar se a gente virasse essa página José Múcio Monteiro
de Cid, que é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já foi suspensa por Paiva.
Segundo o g1, o governo ainda federal vai transferir a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), hoje sob a alçada do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), para a alçada da Casa Civil, comandada por Rui Costa. A mudança seria capitaneada pelo próprio ministro, a pedido de Lula. Mais de 60 militares nomeados por Bolsonaro já deixaram o GSI.
Ministro da Defesa, sobre o ex-comandante do Exército