33 países da Celac assinam documento pela democracia
ARGENTINA Como é praxe ao fim de reuniões entre presidentes de países, o encontro dos líderes dos países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) terminou ontem com a divulgação de um documento de 28 páginas chamado de Declaração de Buenos Aires. O encontro ocorreu na Argentina.
No texto, os representantes dos países defendem a democracia, que é descrita como uma conquista da região que não admite interrupções. Essa menção é uma
Celac éa Comunidade de Estados LatinoAmericanos Caribenhos e teve seu encontro na Argentina
referência à tentativa de golpe de Estado em Brasília no dia 8 de janeiro (o presidente Lula foi uma das principais presenças na reunião da Celac).
O texto faz uma crítica velada aos governos da Nicarágua, Venezuela e Cuba, mesmo sem citar esses países, ao afirmar que a execução de eleições livres, periódicas e transparentes é uma expressão da soberania do povo. O texto também fala sobre a importância e respeito pelos direitos humanos e diversos outros assuntos, como a recuperação econômica após a pandemia; segurança alimentar e energética; diferenças entre gêneros nos países da Celac; processo de integração regional; cooperação ambiental entre os países do bloco.
O documento faz pedidos e referências específicos em relação à Cuba (um dos pedidos é o fim do bloqueio econômico) e Venezuela (o documento comemora o diálogo entre o governo chavista e a oposição).
A Celac é formada por 33 países e presidida atualmente pela Argentina. No encontro, o presidente Lula, que volta ao cenário internacional, foi um dos protagonistas. "O Brasil está de volta à região e pronto para trabalhar com todos vocês, com um sentido muito forte de solidariedade e proximidade", disse Lula ontem.
Com informações da Agência Globo.