Correio da Bahia

Vídeos em redes sociais desvendam o crime

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O caso de Humildes, distrito de Feita de Santana, de certa forma é guiado por vídeos. Cenas gravadas serviram de provas à denúncia e também circularam pelas redes sociais. Depois, um outro vídeo passou a circular, esse mostrando o momento em que o casal teria fugido de casa, antes de moradores vizinhos incendiare­m o imóvel. Nas imagens é possível ver um homem e duas mulheres entrando rapidament­e em um carro preto. Ao fundo, vizinhos proferem xingamento­s.

Depois, outra gravação viralizou nas redes sociais, ainda sobre esse crime e seus desdobrame­ntos. Dessa vez, a esposa de Silvio aparece ao lado da sobrinha, a suposta vítima, e busca explicar que tudo não passou de uma "brincadeir­a", como ela mesma classifica no vídeo.

"Está havendo um boato que Silvio estuprou (o nome da vítima), mas ele não estuprou, de jeito nenhum. É porque ele tem uma hérnia [...], essa hérnia é grande, e ela ficou falando que ele tinha uma binguinha (sic) [...] Aí ele pegou e ficou fazendo aquilo [o que se viu no vídeo], mas foi de brincadeir­a", afirma a tia no depoimento gravado. Ela também chegou a dizer que a vítima usava roupas íntimas no momento do ato.

DEFESA INUSITADA

Em seguida, a jovem aparece sozinha no vídeo e defende o tio das acusações de crime sexual.

"Silvio não me estuprou não, gente, eu sou virgem. Podem fazer exame para comprovar. Tão dizendo que vão matar ele, mas ele é inocente e trabalhado­r", disse a jovem na rede social, logo após a repercussã­o das imagens que circularam por todo o estado.

Segundo a delegada do caso, é provável que a vítima tenha sido coagida a fazer a gravação que busca inocentar pessoas envolvidas nos atos investigad­os.

"A gente acha que houve um envolvimen­to do tio para que ela gravasse esse vídeo. Talvez com medo de que as pessoas invadissem a casa ou do rapaz ser morto", afirmou a delegada Klaudine Passos.

A reportagem não conseguiu entrar em contato com a jovem e nem com um de seus familiares.

A Polícia Civil fez o pedido de mandado de prisão do suspeito e aguarda a decisão da Justiça. Por enquanto, o suspeito é procurado.

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