Correio da Bahia

Moraes nega pedido para suspender posse de deputados

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ATOS EXTREMISTA­S O ministro Alexandre de Moraes negou, ontem, um pedido de suspensão de posse de 11 deputados federais supostamen­te envolvidos com o ataque aos

Três Poderes no dia 8 de janeiro. O pedido foi apresentad­o por um grupo de advogados que avaliou que os deputados federais eleitos em questão estariam ligados aos atos do início do mês, que depredaram as sedes do Executivo, Legislativ­o e do Judiciário.

O grupo de advogados alega que os deputados teriam incitado, por meio de postagens em redes sociais, os atos violentos contra as sedes dos Três Poderes da República.

São alvos os deputados eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG), Silvia Waiãpi (PL-AP), Carlos Jordy (PL-RJ), Luiz Ovando (PP-MS), Marcos Pollon (PL-MS), Rodolfo Nogueira (PL-MS), João Henrique Catan (PL-MS), Rafael Tavares (PRTB- MS), André Fernandes (PL-CE), Sargento Rodrigues (PL-MG) e Walber Virgolino (PL-PB).

A decisão de Moraes segue a esteira de uma manifestaç­ão da Procurador­ia-Geral da República (PGR) no último sábado, requerida pelo ministro na sexta-feira (27). O documento, assinado pelo subprocura­dor-geral da República, Carlos Frederico Santos, se posicionou contra o pedido de suspensão dos deputados.

"Conforme destacado pela PGR, até o presente momento não há justa causa para instauraçã­o de investigaç­ão em relação aos demais deputados federais diplomados e que não estão sendo investigad­os nos Inquéritos instaurado­s nesse Supremo Tribunal Federal (INQ 4918 e INQ 4919)", traz a decisão de Alexandre de Moraes.

"Neste momento, eventuais consequênc­ias das condutas noticiadas em relação aos mandatos dos Deputados Federais nominados deverão ser analisadas no âmbito do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, nos termos do art. 55 da Constituiç­ão Federal. Diante do exposto, indefido o requerimen­to de suspensão dos efeitos jurídicos da diplomação em face dos Deputados Federais eleitos e diplomados. Da mesma maneira, no presente momento, indefiro a instauraçã­o de novo inquérito policial, por ausência de justa causa", traz o documento assinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal.

O ministro também determinou que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira , seja oficiado para adoção das providênci­as que entender cabíveis no âmbito do Conselho de Ética.

Com informaçõe­s da CNN.

Condutas noticiadas em relação aos mandatos dos Deputados Federais nominados deverão ser analisadas no âmbito do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados Alexandre de Moraes

Ministro do Supremo Tribunal Federal

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